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Telefone 156 deve ter preferência
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A prefeitura disponibilizará as
linhas telefônicas do serviço 156
para prestar todos os esclarecimentos sobre as mudanças no
transporte coletivo em São Paulo
e recolher reclamações de usuários de ônibus e lotações.
O telefone 158, da SPTrans, também continuará tirando as dúvidas em 50 linhas de atendimento
(das 4h às 23h, durante a semana),
mas a administração municipal
sugere que os usuários dêem preferência ao serviço 156, que é 24
horas e dispõe de 130 linhas telefônicas. O site da SPTrans
(www.sptrans.com.br) também é
uma alternativa.
Nos dois últimos dias, os atendentes do 156 só estavam informando sobre as 226 linhas cancelas. A partir de hoje, eles poderão
esclarecer sobre os itinerários e as
alterações de número e nome das
linhas, por exemplo.
Nenhum dos dois telefones é
gratuito. O usuário paga os pulsos
telefônicos. Um pulso equivale a
quatro minutos e custa R$ 0,10. Se
a ligação for feita de telefone público, será descontado um crédito
do cartão a cada dois minutos.
A prefeita Marta Suplicy disse
anteontem que, neste momento,
não tem condições de tornar esses
telefones gratuitos, mas que, dependendo dos custos, poderá
pensar nessa meta no futuro.
O serviço 158 recebeu 12.408 ligações anteontem -mais de sete
vezes a média dos sábados. Ontem, até as 14h, já haviam sido registrados 4.730 telefonemas.
O tempo de espera para ser
atendido, que era de sete minutos
anteontem, passou para um minuto ontem. Mais de 95% das ligações eram para tirar dúvidas
sobre as mudanças nas linhas. O
restante se referia a reclamações
gerais dos serviços de transporte.
Transtorno
A julgar pelo relato dos passageiros, a mudança no sistema de
transporte causou, em pleno domingo, alguns transtornos.
Ubiara Ferreira, por exemplo,
disse que esperou duas horas para
pegar um ônibus. Para ele, serviam veículos das linhas 3026 (Vila Yolanda-Estação Guaianazes)
ou 3768 (Vila Yolanda-Metrô Itaquera) -ambas alternativas para
a cancelada 3758 (Vila Yolanda-Metrô Patriarca).
"Aos domingos, faço mutirão
[de construção] em Vila Yolanda.
Sempre foi ruim a condução para
lá, mas hoje foi pior: fiquei duas
horas no ponto", disse Ferreira,
que é operador de supermercado,
em Itaquera (zona leste).
"A gente espera que essas mudanças melhorem as nossas condições, mas, pelo jeito, está difícil", afirmou Ferreira.
Depois de 20 minutos esperando a linha 312T (Guaianazes-Concórdia), a dona-de-casa Jovelina
Cazassa classificava como "calamidade" a situação dos transportes em São Paulo.
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