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TRANSPORTE
Mudança em modalidade deve enfrentar resistência de passageiros por causa de imagem dos perueiros em SP
Lotações substituem ônibus em 55 linhas
DA REPORTAGEM LOCAL
Passageiros de 55 linhas do
transporte coletivo de São Paulo
que até a última sexta-feira só viajavam de ônibus são obrigados
agora a utilizar lotações.
Essa mudança, que ainda não
havia sido divulgada pela SPTrans
(empresa gerenciadora do sistema), pode ser um dos principais
alvos de resistência da população,
conforme admite Jilmar Tatto, secretário dos Transportes.
Embora as lotações tenham elevado suas taxas de aprovação nos
últimos anos, elas ainda são associadas a um transporte perigoso,
menos seguro que os ônibus, conforme pesquisas da prefeitura.
Com as alterações, que atingem
7,5% do total de linhas de ônibus
na capital paulista em operação
até março, esses passageiros serão
obrigados a mudar de modalidade de transporte. "A imagem dos
ônibus é melhor que a dos perueiros. Mas tudo faz parte de um sistema que será integrado, e as lotações terão os mesmos critérios de
fiscalização das viações", afirmou
ontem Tatto, que justifica a troca
sob a alegação de que a demanda
reduzida das 55 linhas pode ser
atendida por veículos menores.
Apenas duas linhas do transporte coletivo sofreram uma mudança inversa: eram operadas por
lotações e passaram ao controle
das empresas de ônibus.
O secretário admitiu anteontem
que, na zona norte, nove linhas de
ônibus já tinham sofrido mudanças nas semanas anteriores -ou
seja, antes mesmo de a prefeitura
fazer a divulgação à população.
"Elas foram autorizadas", disse
Tatto, negando informação passada na sexta pela SPTrans. Ele
alega que não houve reclamações.
Tatto afirmou ainda que as lotações que continuavam rodando
anteontem nas linhas extintas são
clandestinas.
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