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São Paulo, segunda-feira, 19 de maio de 2003

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Malefícios à saúde não têm prova

DA REPORTAGEM LOCAL

Que a radiação eletromagnética de celulares e de antenas de telefonia móvel é maléfica à saúde, ninguém duvida. Não há, porém, estudos científicos provando que a exposição prolongada a níveis muito baixos de radiação -caso desses aparelhos- possa provocar algum tipo de doença.
Pior do que isso, diz o físico, engenheiro e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Vitor Baranauskas, é o desinteresse da comunidade científica pelo assunto. "A maior parte das pesquisas é financiada pelas empresas, que acabam conduzindo indiretamente os cientistas a pesquisas de novas tecnologias."
Estudo publicado recentemente na "International Journal of Oncology" (Revista Internacional de Oncologia) associou o uso de celulares à incidência de câncer cerebral. Se for usado até três minutos antes da realização de um eletroencefalograma, o telefone móvel, diz Baranauskas, altera o resultado do exame e pode sugerir que o usuário esteja sofrendo de convulsão. "Depois de 20 minutos, a situação volta ao normal."
As antenas emitem radiação muito superior ao aparelho e, com o aumento do número delas na cidade, estão cada vez mais próximas da cabeça das pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a antena seja instalada no centro de um diâmetro de 200 metros quadrados e a 30 metros de altura.


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