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Policiais de grupo de elite são assaltados em um bar
DO "AGORA"
Dois policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais)
-um deles agente e outro investigador- foram rendidos e
assaltados por criminosos num
bar, na noite de anteontem, no
Jardim Míriam (zona sul de
São Paulo). Conforme testemunhas, três homens armados invadiram o local, por volta das
22h30, e anunciaram o assalto.
O bar, na esquina da rua
Francisco de Alvarenga com a
avenida Cupecê, fica na frente
da escola estadual Leonor Quadros. O crime ocorreu enquanto os alunos saíam da aula,
quando havia cerca de 30 clientes no local. Segundo a polícia,
os agentes pararam com um
carro do GOE, dirigido por outro policial, para comprar água.
Dois deles entraram no estabelecimento e outro ficou no
veículo -a polícia não forneceu
os nomes. Como vestiam uniformes, os dois foram identificados pelos ladrões.
"Quando eles entraram, um
dos assaltantes já pôs a arma na
cabeça do policial. Eles ficaram
sem reação", afirmou uma testemunha. De acordo com ela, o
segundo policial chegou a
ameaçar sacar a arma, mas, ao
ver o companheiro rendido, desistiu. Eles foram mantidos como reféns durante toda a ação.
Os policiais entregaram duas
pistolas, uma calibre 40 e outra
45. Segundo a testemunha, o
tempo todo o policial pedia para eles ficarem tranqüilos, pois
ninguém reagiria. Além das armas, os criminosos levaram objetos pessoais dos agentes: dois
celulares, um relógio e R$ 80.
Do bar, pegaram R$ 480, 60
maços de cigarros, carteiras e
também celulares dos clientes.
A ação, que durou 15 minutos, não foi percebida pelo policial que estava no carro.
Os três homens fugiram a pé
em direção a uma favela. Os policiais tentaram persegui-los,
mas não conseguiram alcançá-los. Até o final da tarde de ontem, nenhum deles havia sido
identificado ou preso.
Para Luiz Antonio Pinheiro,
supervisor do GOE, os policiais
foram prudentes ao não reagirem. Segundo ele, a atitude deve ser elogiada. "A reação num
momento daquele poderia ter
provocado uma carnificina. Era
hora de saída dos alunos e havia
muita gente na rua", afirmou.
(FABIANO NUNES)
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