São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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Policiais de grupo de elite são assaltados em um bar

DO "AGORA"

Dois policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) -um deles agente e outro investigador- foram rendidos e assaltados por criminosos num bar, na noite de anteontem, no Jardim Míriam (zona sul de São Paulo). Conforme testemunhas, três homens armados invadiram o local, por volta das 22h30, e anunciaram o assalto.
O bar, na esquina da rua Francisco de Alvarenga com a avenida Cupecê, fica na frente da escola estadual Leonor Quadros. O crime ocorreu enquanto os alunos saíam da aula, quando havia cerca de 30 clientes no local. Segundo a polícia, os agentes pararam com um carro do GOE, dirigido por outro policial, para comprar água.
Dois deles entraram no estabelecimento e outro ficou no veículo -a polícia não forneceu os nomes. Como vestiam uniformes, os dois foram identificados pelos ladrões.
"Quando eles entraram, um dos assaltantes já pôs a arma na cabeça do policial. Eles ficaram sem reação", afirmou uma testemunha. De acordo com ela, o segundo policial chegou a ameaçar sacar a arma, mas, ao ver o companheiro rendido, desistiu. Eles foram mantidos como reféns durante toda a ação.
Os policiais entregaram duas pistolas, uma calibre 40 e outra 45. Segundo a testemunha, o tempo todo o policial pedia para eles ficarem tranqüilos, pois ninguém reagiria. Além das armas, os criminosos levaram objetos pessoais dos agentes: dois celulares, um relógio e R$ 80. Do bar, pegaram R$ 480, 60 maços de cigarros, carteiras e também celulares dos clientes.
A ação, que durou 15 minutos, não foi percebida pelo policial que estava no carro.
Os três homens fugiram a pé em direção a uma favela. Os policiais tentaram persegui-los, mas não conseguiram alcançá-los. Até o final da tarde de ontem, nenhum deles havia sido identificado ou preso.
Para Luiz Antonio Pinheiro, supervisor do GOE, os policiais foram prudentes ao não reagirem. Segundo ele, a atitude deve ser elogiada. "A reação num momento daquele poderia ter provocado uma carnificina. Era hora de saída dos alunos e havia muita gente na rua", afirmou. (FABIANO NUNES)


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