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Até 2008, país será vigiado por 2 milhões de câmeras
Quase 80% das câmeras de segurança do Brasil estão instaladas no Estado de SP
Metade das vendas é feita no
mercado negro, estima a
associação do setor; imagens
da rua 25 de Março já podem
ver vistas pela internet
DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL
Até o final do ano que vem, o
país terá uma câmera de segurança para cada cerca de 90 habitantes. Serão mais de 2 milhões de olhos digitais, quase
80% no Estado de São Paulo.
A projeção é da Abese (Associação Brasileira das Empresas
de Sistemas Eletrônicos de Segurança).
Até 2000, a associação contabilizava 150 mil câmeras vendidas com nota fiscal. Como, nos
cálculos da Abese, para cada
venda legal do produto há outra
ilegal, o número estimado era
de 300 mil unidades vendidas.
Em 2006, quando 280 mil
equipamentos foram comercializados, o número de câmeras vendidas no país ultrapassou a marca de 1,5 milhão.
A Abese avalia que quase todo o material que saiu das lojas
esteja atualmente em uso no
país. "Quando chegam câmeras
novas, a prática é que as antigas
também sejam aproveitadas no
sistema de segurança que já
existia", afirma Oswaldo Oggiam, diretor de comunicação
da Abese.
Os preços de câmeras começam na casa dos R$ 100 (microcâmeras, para ambientes fechados) e passam dos R$ 10 mil,
dependendo de recursos como
alcance da lente, foco automático, visão noturna, resistência
a produtos químicos (no caso
de indústrias, por exemplo) e
transmissão de dados sem fio.
Há filmadoras dotadas de recursos tecnológicos que permitem a visualização da imagem à
distância, por telefone celular
ou programas de internet como
o MSN Messenger e o Skype.
Big Brother na 25
Há cerca de dois meses, acabou a sensação de ser mais um
na multidão ao passar pela rua
25 de Março, na região central
de São Paulo. Imagens da região, pela qual passam 1 milhão
de pessoas todos os dias, são
transmitidas ao vivo em sites
como www.bbb25.com.br e
www.vitrine25demarco.com.br.
A Univinco (União de Lojistas da 25 de Março e Adjacências) instalou quatro câmeras
na 25 e outras duas nas redondezas: uma na ladeira Porto
Geral e outra na rua Cavalheiro
Basílo Jafet.
A rua Oscar Freire, nos Jardins, que abriga lojas de grifes
de luxo como Montblanc e Diesel, também deverá ganhar seu
"Big Brother" particular em
breve.
A diretoria da associação dos
lojistas estuda orçamentos enviados por empresas especializas em segurança eletrônica
para implantar o sistema na região. A instalação foi pedida pelas lojas, mas ainda não há prazo para começar.
"Nossa prioridade no momento é estender o projeto [de
reforma das calçadas e aterramento da fiação, que teve sua
primeira etapa concluída em
dezembro do ano passado] a
mais ruas. Assim que tivermos
uma área maior, faremos um
projeto de segurança amplo",
diz a empresária Rosângela
Lyra, diretora da Dior e presidente da Associação dos Lojistas da rua Oscar Freire.
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