São Paulo, terça, 19 de maio de 1998

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Caso completa um ano amanhã

da Reportagem Local

As mortes na Fazenda da Juta aconteceram na manhã do dia 20 de maio de 97, quando homens do 21º Batalhão da PM, comandados pelo tenente-coronel João Izaías Boscatti, foram cumprir uma ação de reintegração de posse de um conjunto habitacional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), invadido por 400 famílias de sem teto.
Os sem-teto haviam feito barricadas para impedir a aproximação da PM, que cercou o grupo e deteve Nelson Daniel da Silva, o Suplicy, um dos líderes da invasão.
Com paus e pedras, os invasores atacaram os soldados do 21º Batalhão, que responderam atirando. Morreram o serralheiro Crispim José da Silva, 28, Jurandir da Silva, 29, e o pedreiro Geracir Reis de Moraes, 43. Um quarto sem-teto, Leandro Aparecido Ribeiro, foi baleado em uma das pernas. Nenhum PM sofreu ferimento grave.
Após a conclusão do inquérito policial na 8ª Delegacia Seccional, o promotor Francisco José Taddei Cembranelli denunciou em agosto quatro PMs por homicídio, que hoje cumprem funções burocráticas na corporação (veja quadro).



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