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Caso completa um ano amanhã
da Reportagem Local
As mortes na Fazenda da Juta
aconteceram na manhã do dia 20
de maio de 97, quando homens do
21º Batalhão da PM, comandados
pelo tenente-coronel João Izaías
Boscatti, foram cumprir uma ação
de reintegração de posse de um
conjunto habitacional da CDHU
(Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano), invadido
por 400 famílias de sem teto.
Os sem-teto haviam feito barricadas para impedir a aproximação
da PM, que cercou o grupo e deteve Nelson Daniel da Silva, o Suplicy, um dos líderes da invasão.
Com paus e pedras, os invasores
atacaram os soldados do 21º Batalhão, que responderam atirando.
Morreram o serralheiro Crispim
José da Silva, 28, Jurandir da Silva,
29, e o pedreiro Geracir Reis de
Moraes, 43. Um quarto sem-teto,
Leandro Aparecido Ribeiro, foi
baleado em uma das pernas. Nenhum PM sofreu ferimento grave.
Após a conclusão do inquérito
policial na 8ª Delegacia Seccional,
o promotor Francisco José Taddei
Cembranelli denunciou em agosto
quatro PMs por homicídio, que
hoje cumprem funções burocráticas na corporação (veja quadro).
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