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Biografia fala de política e teatro
da Reportagem Local
Em abril do ano passado, depois
de uma relutância que durou anos,
Dias Gomes finalmente lançou sua
biografia: "Apenas um Subversivo
- Autobiografia" (editora Bertrand
Brasil; R$ 32,00), volume de 416
páginas em que discorre sobre teatro, televisão, militância política,
intolerância, sexo, Deus e morte.
Dias Gomes justificava sua aversão ao relato autobiográfico pelo
fato de não confiar em sua memória. "Eu achava que a minha memória era seletiva, e o caráter dessa
seleção eu nunca entendi. Eu achava que ela iria me trair", disse.
O dramaturgo, porém, mudou
de idéia e optou por um relato
bem-humorado, mas carregado de
compromisso político e social, características que sempre marcaram sua produção.
O livro começa com a imagem da
morte de seu pai, aos 3 anos de idade, e narra toda a vida do dramaturgo, desde a sua infância, no
bairro de Canela, em Salvador.
Centra-se, porém, nas duas opções que mais o marcaram: a sua
produção para teatro ("Se eu tivesse que escolher, passaria a vida toda escrevendo para teatro", disse)
e a militância política.
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