São Paulo, Quarta-feira, 19 de Maio de 1999
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Polícia do Rio investiga morte suspeita em mais um hospital

CARLOS AURELIO MIRANDA
da Sucursal do Rio

A Polícia Civil do Rio começou a investigar um novo caso semelhante ao do auxiliar de enfermagem Edson Izidoro Guimarães, o "Dr. Morte" do Hospital Salgado Filho, que confessou ter matado cinco pessoas e intermediado serviços funerários no hospital.
A família do ajudante de caminhão Nelson Pires Teresa, 25, suspeita de sua morte, ocorrida no dia 7 de janeiro no Hospital Getúlio Vargas, na Penha (zona norte).
O atestado de óbito não define a causa da morte do rapaz, informando que "depende de exames complementares". Parentes de Nelson Teresa prestaram depoimento ontem ao inspetor Carlos Rocha, da 39ª Delegacia Policial (Pavuna, zona norte).
Segundo Shirlei Soares Rangel, 28, viúva de Nelson, o ajudante de caminhão, sentindo fortes dores no peito, procurou o setor de emergência do Getúlio Vargas, dando entrada às 12h40 do dia 7 de janeiro. Ela acompanhou o marido, que foi colocado numa maca. Shirlei voltou a sua casa para buscar roupas para o marido e retornou ao hospital acompanhada da mãe dele, Rosélia Pires Teresa, 60.
"Eu conversei com meu filho, que estava ainda na maca tomando soro. Ele disse que não precisaria mais das roupas porque iria embora logo. Por volta das 20h, fomos avisadas de que ele havia morrido. Não nos deixaram ver o corpo", contou Rosélia.
Segundo os parentes, dois homens que seriam funcionários de uma funerária próxima ao hospital informaram sobre a morte e pediram para a família providenciar a documentação para o sepultamento. Alegando falta de recursos, a família solicitou a remoção do corpo para o IML.
A polícia requisitará o auto de exame cadavérico feito em Nelson Teresa para determinar a causa da morte do rapaz.


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