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LEGISLATIVO
Proposta obteve 29 votos
Projeto da água passa na Câmara em 1ª votação
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal aprovou
em primeira votação um projeto
que transfere para a prefeitura o
controle de todo o sistema de
água e esgoto da cidade de São
Paulo, que atualmente é do governo estadual, por meio da Sabesp.
O projeto, aprovado ontem por
29 votos a 7, dá à prefeitura a titularidade sobre a água no município e o poder de interferir no planejamento, na regulação e nos
preços do serviço de água.
No entanto o projeto recebe
uma série de críticas de que na
prática significará aumentos na
conta de água dos paulistanos.
Um dos artigos, citado pelo vereador Salim Curiati (PP), diz que
as tarifas serão reajustadas
"quando houver modificação no
regime cambial [...], de forma a
influir nos custos". Para ele, isso
"vai vincular o preço da água que
o povo bebe à cotação do dólar".
Hoje, a Sabesp opera na cidade
sem nenhum contrato com a prefeitura. Se o projeto for aprovado
sem modificações em votação final, haverá três alternativas: 1. a
prefeitura poderá contratar a própria Sabesp, que terá de pagar para explorar o serviço; 2. a administração pode também obter
uma participação na companhia
estatal, com participação nos lucros; 3. pode ocorrer ainda a contratação de empresa privada, com
interferência municipal.
O vereador Curiati diz que o
projeto abre uma brecha para a
privatização do serviço de água.
Já o líder do governo na Câmara, João Antonio, diz que 60% da
arrecadação da Sabesp no Estado
vem de São Paulo, mas muito
pouco é reinvestido na cidade. Ele
defende uma maior integração da
política de água com outras atividades da prefeitura, como a preservação de mananciais.
Para a prefeitura pode acontecer até uma redução dos preços
com a sua participação.
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