DO "AGORA"

Roberto Aparecido Junqueira de Souza, conhecido como Barril, 29 anos, foi preso na última segunda-feira, às 11h, quando saía de sua casa, em Cidade Tiradentes (zona leste de SP). Desde 31 de março ele era acompanhado pela polícia, por meio de uma escuta telefônica. Barril integra o PCC (Primeiro Comando da Capital) e era, de acordo com o delegado seccional leste, Aldo Galeano Júnior, o principal líder da facção criminosa fora dos presídios.
O chefe do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, está preso. Barril já foi condenado por quatro homicídios, roubo, receptação, tráfico de entorpecentes e corrupção de menores.
Ele cumpria pena num presídio de Osasco (Grande SP), mas fugiu em maio de 2002.
A polícia acusa a quadrilha de Barril por vários crimes -a maioria, assaltos a prédios de luxo- e pela arrecadação de dinheiro, entre criminosos da zona leste, para sustentar o PCC.
Durante o monitoramento do acusado, a polícia interceptou uma ligação na qual Barril autorizava o assassinato de um desafeto -cujo cadáver foi encontrado no mês passado, com mãos e pés amarrados.
As investigações em torno do acusado encontraram ainda uma central telefônica clandestina, também na Cidade Tiradentes.
Pela central, que tinha cinco linhas, os criminosos se contatavam dentro e fora das prisões.
A dona das linhas, Razália Almeida Ribeiro, foi presa. Na casa de um comparsa -Ricardo Luiz Ribeiro, 32 anos, que não foi preso- foram apreendidos 8.000 cheques, roubados pela quadrilha em 14 de janeiro.