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DIVA ALENCAR RODRIGUES (1919-2010)
Suzana Rodrigues, uma arte-educadora pioneira
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Quando criança, Diva Rodrigues encasquetou que deveria se chamar Suzana. Foi
assim que passou a ser conhecida até o fim da vida.
Suzana Rodrigues é o nome que batiza o Clube Infantil de Arte do Masp desde
2004. Sua ligação com o museu começa antes, em 1947.
Naquela época, a moça estudava sociologia na USP e tinha um teatro de bonecos.
Apresentada aos criadores
do Masp, foi convidada a implantar atividades infantis.
Aí começa seu pioneirismo: foi a primeira experiência do tipo num museu da
América Latina, diz a filha
Teresa Cristina, jornalista.
O objetivo ali não era formar artistas, mas despertar a
sensibilidade na molecada.
Nos anos 50, Suzana começou a levar o teatro de marionetes aos hospitais, também novidade na época.
Na década seguinte, passa
a escrever para os Diários Associados, falando de educação sexual para jovens, planejamento familiar, política.
Em 1972, inaugurou a exposição de bonecos "O Brasil
de Pedro a Pedro", que fez o
Masp bater recorde de visitação. O trabalho, depois doado ao patrimônio cultural
brasileiro por Lily Marinho,
está fechado há dez anos.
Nos anos 80, mudou-se
para o sul da Bahia, onde viveu por 25 anos. Lá, denunciou um caso de tortura policial contra crianças, que teve
repercussão internacional.
Foi casada com Augusto
Rodrigues, artista plástico,
de quem se separara.
Morreu no domingo, no
Rio, aos 90, em decorrência
de um derrame. Deixa dois filhos. A missa de sétimo dia
será hoje, às 18h, na igreja de
São José, na Lagoa, Rio.
coluna.obituario@uol.com.br
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