São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DIVA ALENCAR RODRIGUES (1919-2010)

Suzana Rodrigues, uma arte-educadora pioneira

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Quando criança, Diva Rodrigues encasquetou que deveria se chamar Suzana. Foi assim que passou a ser conhecida até o fim da vida.
Suzana Rodrigues é o nome que batiza o Clube Infantil de Arte do Masp desde 2004. Sua ligação com o museu começa antes, em 1947.
Naquela época, a moça estudava sociologia na USP e tinha um teatro de bonecos. Apresentada aos criadores do Masp, foi convidada a implantar atividades infantis.
Aí começa seu pioneirismo: foi a primeira experiência do tipo num museu da América Latina, diz a filha Teresa Cristina, jornalista.
O objetivo ali não era formar artistas, mas despertar a sensibilidade na molecada.
Nos anos 50, Suzana começou a levar o teatro de marionetes aos hospitais, também novidade na época.
Na década seguinte, passa a escrever para os Diários Associados, falando de educação sexual para jovens, planejamento familiar, política.
Em 1972, inaugurou a exposição de bonecos "O Brasil de Pedro a Pedro", que fez o Masp bater recorde de visitação. O trabalho, depois doado ao patrimônio cultural brasileiro por Lily Marinho, está fechado há dez anos.
Nos anos 80, mudou-se para o sul da Bahia, onde viveu por 25 anos. Lá, denunciou um caso de tortura policial contra crianças, que teve repercussão internacional.
Foi casada com Augusto Rodrigues, artista plástico, de quem se separara.
Morreu no domingo, no Rio, aos 90, em decorrência de um derrame. Deixa dois filhos. A missa de sétimo dia será hoje, às 18h, na igreja de São José, na Lagoa, Rio.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Mortes no trânsito caem 6% em um ano de lei seca, diz governo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.