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Vereadores negam loteamento de cargos
DA REPORTAGEM LOCAL
O líder do governo na Câmara,
José Mentor (PT), voltou a negar
ontem que a aprovação de projetos de interesse do Executivo tenha envolvido loteamento de cargos. "Não houve negociação de
cargos. Existe no governo uma
política de alianças. Isso existe
desde o começo [da gestão PT"."
Quando questionado sobre a
possibilidade de vereadores fazerem indicações para cargos na administração, ele disse que "vereadores que apóiam o governo
compartilham do governo".
No caso das subprefeituras, ele
disse que vereadores poderão ou
não fazer indicações de nomes
para os cargos que foram criados.
"Depende de critérios de competências [dos indicados", de compromisso com o programa de governo e de a prefeita escolher."
Vereadores do PT e da base governista também negaram o acordo. Para eles, a lista publicada -a
qual a Folha teve acesso por meio
de vereadores da bancada governista- é "fruto da oposição".
Humberto Martins (PDT) e Viviani Ferraz (PL) disseram que
"renunciam" caso haja provas de
loteamento de cargos. "Desafio
qualquer um a provar que fiz alguma indicação", disse Martins.
Os petistas Devanir Ribeiro e
João Antônio afirmaram que as
acusações "não fazem sentido", já
que eles são parte do governo. A
petista Lucila Pizani divulgou nota afirmando que "nunca negociou cargos na administração".
"Não tenho e não negociei nenhum cargo na administração regional do Campo Limpo. Moro
na região e tenho relacionamentos lá como em todos os outros
bairros da cidade", afirmou.
O presidente do diretório municipal do PT, Ítalo Cardoso, e o líder do PT na Câmara, Arselino
Tatto, negaram as negociações.
Eles também "estranharam" o fato de terem os nomes citados.
Eliseu Gabriel (PDT), Paulo
Frange (PTB) e Antônio Goulart
(PMDB) afirmaram que foram favoráveis ao projeto dada à "relevância das subprefeituras para a
cidade". "Em todo governo, há
composições e alianças de partidos para garantir a governabilidade. Em São Paulo, não poderia ser
diferente", afirmou Goulart.
Já Edivaldo Estima (sem partido), que aparece na lista indicando cargos na futura subprefeitura
do Socorro, ironizou o fato.
"Se me deram um cargo, eu não
estou sabendo", disse.
Toninho Campanha (PSB) disse
que não foi procurado, mas que
"não acharia ruim" se isso tivesse
acontecido. Ele não participou da
segunda votação do projeto.
A vereadora Havanir Ribeiro
(Prona) -partido que faz oposição ao governo Marta- chegou a
dizer que se instalou na Câmara
Municipal a "máfia dos vereadores da base governista".
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