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Mudança surpreendeu até petistas
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
As mudanças no projeto das
subprefeituras, feitas em cima da
hora, surpreenderam até mesmo
vereadores do PT e arrastaram a
sessão, que teve início na tarde de
anteontem, até o final da manhã
de ontem (mais de 18 horas).
A sessão ficou ainda mais conturbada com a divulgação da lista
com o nome dos vereadores que,
em troca do apoio à proposta, irão
poder indicar pessoas nas futuras
subprefeituras. A relação foi publicada ontem pela Folha.
Mesmo assim, a proposta foi
aprovada por 32 votos a favor
(quatro a mais do que o necessário) e apenas um contra, dado por
Havanir Nimtz (Prona) -placar
diferente do da última terça-feira,
na primeira votação, quando a
proposta foi aprovada por 45 dos
55 vereadores.
O atraso na apresentação do
projeto final, que começou a ser
discutido no início da tarde de anteontem, quando os vereadores já
estavam em plenário, irritou os
parlamentares. Alguns petistas
ameaçaram não votar a proposta,
alegando que não teriam tempo
para se inteirar das mudanças.
A bancada ainda decidiu fazer
uma reunião de emergência para
discutir a divulgação da lista com
o nome de vereadores beneficiados com a cessão de cargos. Com
isso, a votação foi adiada por cerca de três horas.
Na reunião, segundo a Folha
apurou, metade da bancada petista (oito vereadores) posicionou-se contra a votação do projeto, em
represália à política do "é dando
que se recebe". Mas, por um voto
de diferença, foi aprovada a proposta de aprovar o projeto.
Mas, antes do início da votação,
os vereadores do PSDB e Salim
Curiati, do PPB, decidiram se retirar do plenário. Os tucanos tiraram paletós e gravatas em protesto (é proibido votar sem gravata).
Segundo os oposicionistas, o
projeto votado ontem sofreu modificações após ser protocolado, o
que seria contrário às normas. A
bancada do PSDB ameaça, inclusive, ir à Justiça para anular a votação. O presidente da Câmara,
José Eduardo Cardozo (PT), nega
que isso tenha ocorrido.
Também na manhã de ontem,
em votação simbólica, a LDO (Lei
de Diretrizes Orçamentária) para
2003 foi aprovada pelos vereadores, permitindo o início do recesso dos parlamentares.
Antes de a sessão terminar, contudo, os vereadores trataram de
adiar a volta ao trabalho em plenário. Um pedido apresentado
pelos parlamentares cancelou a
sessão marcada para o dia 1º de
agosto, quando termina o recesso.
A primeira sessão após as férias
será realizada somente no dia 6.
A votação do Plano Diretor,
uma das prioridades do governo
Marta Suplicy (PT), ainda não
tem data para acontecer.
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