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TERRA SEM LEI
Após crime, floresta do Rio segue esquecida
DA SUCURSAL DO RIO
Dentro de uma jaula de bambu
e arame, o agente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis) Márcio Castro das Mercês
inicia amanhã uma greve de fome
em protesto contra o abandono
da Reserva Biológica do Tinguá
após o assassinato do ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro Filho.
A reserva é a única área verde da
Baixada Fluminense. Passados
seis meses do crime, não houve
contratação de pessoal. Os quatro
carros estão quebrados. Os 14
agentes são insuficientes para patrulhar os 26 mil hectares da reserva. Sem fiscalização, voltaram
os caçadores clandestinos.
Ambientalistas propuseram anteontem ao Ministério Público
Federal e ao Estadual a abertura
de ações civis contra a ministra
Marina Silva e o Ibama.
O gerente-executivo do Ibama
no Estado do Rio, Edson Bedim,
disse que a falta de pessoal não
tem impedido a realização de
ações de combate a caçadores e
palmiteiros.
(SERGIO TORRES)
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