São Paulo, quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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Denúncia é fantasiosa, diz advogado de Abdelmassih

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado José Luis Oliveira Lima, um dos defensores do médico Roger Abdelmassih, disse que a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra seu cliente é fantasiosa.
"Eu reafirmo que essa denúncia é fruto da criatividade intelectual do representante do Ministério do Público", disse. "Não é verdade essa afirmação. Não há provas disso", afirmou, sobre as 56 acusações de estupro feitas pela Promotoria.
O advogado não comentou o caso específico da mulher de Campinas, que procurou o Ministério Público para dizer que foi molestada pelo médico há quase 40 anos.
Com relação às outras acusações, de suspeita de irregularidades em procedimentos médicos ("sexagem" e "turbinagem") e suposta sonegação fiscal, Lima afirmou que isso também não ocorreu.
"Um homem que teve 20 mil clientes, mais de 7.000 clientes tiveram filhos, eu não tenho a menor dúvida que todo procedimento dele foi dentro da ética e da legalidade", afirmou o advogado do médico.
Lima disse que, com relação à suposta sonegação fiscal, todas as questões serão esclarecidas quando seu cliente for questionado sobre isso. "Ele emitia nota fiscal de todos os contratos."
O advogado disse que visitou seu cliente na tarde de ontem na delegacia e que ele estava "profundamente abalado". "[Ele] está à base de remédios. Mas confiante na imparcialidade e na serenidade do Tribunal de Justiça de São Paulo", disse.
Desde a prisão de Abdelmassih, anteontem, Lima sustenta que a decisão foi "ilegal" porque não há motivos para tirar a liberdade do médico.
"O doutor Roger é um homem de passado ilibado, [réu] primário, de bons antecedentes, residência fixa. Em momento algum se furtou ao chamamento da autoridade policial e continua desempenhando as suas funções na sua clínica", disse o advogado anteontem logo após a prisão.
Em artigo publicado pela Folha em 28/1, na seção "Tendências/Debates", Abdelmassih disse que ainda não compreendia qual é a "verdadeira motivação" para as denúncias. (ROGÉRIO PAGNAN e ANDRÉ CARAMANTE)


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