São Paulo, Domingo, 19 de Setembro de 1999
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Para líder, "gay é anormal"

da Reportagem Local

O líder da Frente Anti-Caos responde pelo nome de Tomaz Malthus (estudioso que pregava que a população crescia em proporção maior do que a produção de alimentos). Ele diz ser um engenheiro civil, com 30 anos.
Malthus se recusou a encontrar a reportagem da Folha e só aceitou dar entrevista por e-mail. Segundo ele, o grupo tem cerca de 500 participantes, o que não foi comprovado. O grupo nunca se reuniu publicamente. Por enquanto, ninguém sabe quantas pessoas integram a frente.
O site do grupo diz que os homossexuais "não são pessoas normais". Prega que homossexuais não sejam empregados e que locais onde homossexuais trabalham sejam boicotados. Um dos cartazes espalhados pelo grupo diz: "Homossexual hoje, aidético amanhã".
Em seu discurso, Malthus diz que homossexuais fazem sexo sem preservativo com o objetivo de contaminar o maior número de pessoas. Ele afirma também que o homossexual é "depravado e promíscuo".
Segundo Malthus, o grupo não pratica atos de violência e a maioria dos participantes é da cidade de São Paulo.
Em carta que foi enviada pelo mesmo Tomaz Malthus a Luiz Mott, ele diz que "o estilo de vida homossexual é execrável." "Vocês não têm o direito de esfregar seu estilo de vida aberrante na cara de pessoas normais", escreveu a Mott. (AL)


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