São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 2002

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Em 2º dia de cerco, Elias Maluco ainda é foragido

DA SUCURSAL DO RIO

Fracassou pelo segundo dia a operação que mobiliza 500 policiais civis nas buscas ao traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, no complexo do Alemão (zona norte do Rio). Ele é acusado de assassinar o repórter da TV Globo Tim Lopes, em 2 de junho, na Grota (favela do complexo).
Até a noite de ontem, a operação resultou em oito prisões. Alguns dos suspeitos portavam drogas, dois morteiros e uma granada caseira. Dois irmãos detidos -um deles menor- teriam servido comida a Elias Maluco ontem. Segundo a polícia, com eles havia rádios supostamente usados para falar com o traficante.
"Não podemos arriscar um prazo. Isso não é atividade previsível. Temos que lidar com fatos concretos. A nossa expectativa é realizar a prisão", disse o chefe da Polícia Civil, Zaqueu Teixeira. No entanto o secretário da Segurança havia fixado prazo de um mês, que vai expirar em oito dias. Questionado, Teixeira disse que quer prendê-lo o quanto antes.
No morro do Alemão, vizinho à Grota, a operação da polícia irritou moradores, pois os policiais serraram um cruzeiro que teria sido presente de uma paróquia.
A situação da cúpula da segurança do Estado se agravou no fim da tarde de ontem, com o pedido de exoneração do subsecretário administrativo da Secretaria da Segurança, Ronaldo Rangel. A secretaria disse que ele alegou motivos pessoais para deixar o cargo e que não houve desentendimentos. O pedido ainda não foi oficializado. O coronel José Mota de Souza, adjunto de Rangel, ficará interinamente no cargo.


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