|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Menina corre risco, diz médico
da Reportagem Local
Abortando ou não, C. corre risco
de vida. Tanto o aborto quanto a
continuação da gestação podem
deixar sequelas graves na garota e
no bebê, caso ele nasça.
Os médicos ouvidos pela Folha
consideram, no entanto, que o
aborto deve deixar menos sequelas físicas e psicológicas.
Caso o aborto seja mesmo realizado, a cirurgia é urgente, dizem
os ginecologistas. Isso porque,
com quatro meses de gravidez, a
interrupção é considerada arriscada e não recomendada.
"Ela pode sofrer sangramentos
grandes", diz o médico Jorge Andalaft, do serviço de aborto legal
do Hospital do Jabaquara, em São
Paulo. No caso de C., ele considera
que o hospital aprovaria o aborto.
Cesárea
Como o seu corpo não está preparado para a gestação e nem para
um parto, caso C. venha a ter o filho, terá de fazer cesariana.
Os riscos de o nascimento ser
prematuro e ocorrer com 6 meses
de gestação são muito altos, segundo o ginecologista Osmar Colás, do programa de atendimento
a vítimas de violência sexual do
Hospital São Paulo.
Além disso, ela pode sofrer hipertensão na gestação (pré-eclampsia), com hemorragias e
edemas agudos, ou retardo no
crescimento do útero, que podem
ser fatais para a mãe. Esses problemas também podem causar falta
de oxigênio no cérebro do bebê,
deixando sequelas mentais que
podem ser fatais.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|