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Vigilância manda recolher novo lote irregular de pílula da Schering
CARLA CONTE
da Reportagem Local
A Vigilância Sanitária de São
Paulo determinou ontem o recolhimento de mais um lote de pílula
da Schering do Brasil (não confundir com Schering-Plough).
Foi encontrada em São Paulo
uma cartela da Diane 35 -lote
342- com 20 drágeas no lugar de
21. Esse mesmo problema foi verificado no último fim-de-semana
com a Microvlar do lote 253.
São vendidas por mês 500 mil
cartelas de Diane 35. Segundo a
Schering, o anticoncepcional é
mais indicado para mulheres que
tenham problemas de excesso de
acne e pêlos.
Seguindo o mesmo procedimento tomado no caso da Microvlar,
serão retiradas do mercado todas
as cartelas do lote irregular da Diane 35. A Vigilância de São Paulo
avisou ontem o Ministério da Saúde, que deve notificar todo o país.
A Schering também foi autuada
ontem novamente por conta do
novo episódio. A empresa tem
cerca de dez dias para apresentar
um relatório de defesa. Se for considerada infração gravíssima, a
multa pode chegar a R$ 200 mil.
Segundo o diretor interino da
Vigilância de São Paulo, Elizeu Diniz, a data de fabricação do lote da
Diane 35 é a mesma da Microvlar
que também apresentou irregularidade no número de drágeas, o
que pode significar que os dois
episódios tenham tido a mesma
fonte de falha.
Após o primeiro incidente, houve blitz na Schering, mas não foi
encontrada nenhuma irregularidade. Segundo a Vigilância, houve
falha humana na hora de conferir
as cartelas. Antes da checagem humana, a máquina também chega a
descartar as cartelas que não apresentam todas as 21 drágeas, o que
não ocorreu nesses dois casos.
Segundo a Schering, houve de
fato um desvio de qualidade da
produção, mas alega que erro zero
não existe em nenhuma empresa.
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