São Paulo, sábado, 19 de setembro de 1998

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Vigilância manda recolher novo lote irregular de pílula da Schering

CARLA CONTE
da Reportagem Local

A Vigilância Sanitária de São Paulo determinou ontem o recolhimento de mais um lote de pílula da Schering do Brasil (não confundir com Schering-Plough).
Foi encontrada em São Paulo uma cartela da Diane 35 -lote 342- com 20 drágeas no lugar de 21. Esse mesmo problema foi verificado no último fim-de-semana com a Microvlar do lote 253.
São vendidas por mês 500 mil cartelas de Diane 35. Segundo a Schering, o anticoncepcional é mais indicado para mulheres que tenham problemas de excesso de acne e pêlos.
Seguindo o mesmo procedimento tomado no caso da Microvlar, serão retiradas do mercado todas as cartelas do lote irregular da Diane 35. A Vigilância de São Paulo avisou ontem o Ministério da Saúde, que deve notificar todo o país.
A Schering também foi autuada ontem novamente por conta do novo episódio. A empresa tem cerca de dez dias para apresentar um relatório de defesa. Se for considerada infração gravíssima, a multa pode chegar a R$ 200 mil.
Segundo o diretor interino da Vigilância de São Paulo, Elizeu Diniz, a data de fabricação do lote da Diane 35 é a mesma da Microvlar que também apresentou irregularidade no número de drágeas, o que pode significar que os dois episódios tenham tido a mesma fonte de falha.
Após o primeiro incidente, houve blitz na Schering, mas não foi encontrada nenhuma irregularidade. Segundo a Vigilância, houve falha humana na hora de conferir as cartelas. Antes da checagem humana, a máquina também chega a descartar as cartelas que não apresentam todas as 21 drágeas, o que não ocorreu nesses dois casos.
Segundo a Schering, houve de fato um desvio de qualidade da produção, mas alega que erro zero não existe em nenhuma empresa.



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