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TRANSPORTE
Acidente não deixou feridos, mas linha norte-sul ficou parcialmente interditada durante todo o dia
Trem do metrô descarrila pela 1ª vez
Jorge Araújo/Folha Imagem
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Trem do metrô descarrilado a 100 m da estação Santana (zona norte de SP); composição só foi retirada do local às 15h15 |
MARCELO OLIVEIRA
CHICO DE GOIS
da Reportagem Local
Um vagão do metrô descarrilou
às 9h40 de ontem, quando o trem
deixava a estação Santana, em direção ao Tucuruvi. O acidente,
que não teve feridos, provocou a
interdição da linha norte-sul
(azul) entre o Tucuruvi e a estação
Tiradentes.
O Metrô divulgou ontem que a
meta da companhia é recolocar o
trecho em operação hoje, mas que
não era possível precisar o horário. O trem descarrilado foi retirado do local às 15h15.
Segundo o diretor de operações
do Metrô, Paulo Celso Mano Moreira da Silva, o trem descarrilou
"provavelmente" após o disco de
freio ter se desprendido de uma
das rodas do vagão. O presidente
do Sindicato dos Metroviários,
Onofre Gonçalves de Jesus, atribui à falta de mão-de-obra a possível causa do acidente.
Descarrilamentos no metrô de
São Paulo são raros. O de ontem
foi o primeiro registrado durante
operação comercial do sistema
desde 1974.
O vagão descarrilado chocou-se
contra a passarela de apoio da linha por alguns metros, até que
parou completamente. Parte da
passarela (por onde entram técnicos e saem passageiros em casos
de emergência) foi destruída.
O Metrô não divulgou o número de pessoas prejudicadas de alguma forma pela interrupção do
trecho Tucuruvi-Tiradentes da linha azul, mas, segundo a companhia, 750 mil pessoas, em média,
utilizam a linha todos os dias.
A companhia acionou o Paese
(Plano de Assistência entre Empresas em Situações de Emergência) e a SPTrans (São Paulo Transportes), empresa que gerencia o
transporte de ônibus na capital,
colocou em prática um plano para tentar minimizar as dificuldades dos passageiros.
Pelo plano, os ônibus vindos da
periferia, que teriam pontos finais
nas estações de metrô atingidas
pela pane, esticaram seus itinerários até a estação da Luz (no centro), de onde os trens seguiam até
o Jabaquara (zona sudoeste) com
velocidade reduzida, fazendo o
mesmo no sentido oposto.
Nas estações, faltou informação
para os passageiros. Um cartaz
anunciava, laconicamente, que
"por motivo técnico" os trens não
estavam funcionando entre as estações Tucuruvi e Tiradentes.
Pela manhã, logo após o acidente, o trânsito ficou prejudicado
principalmente nas imediações
das estações da zona norte.
Na avenida Cruzeiro do Sul, onde ficam as estações Santana, Carandiru e Tietê, o trânsito ficou
lento durante todo o dia no sentido bairro-centro.
Houve lentidão também entre a
praça Campo de Bagatelle, na zona norte, e a avenida 23 de Maio,
na altura do viaduto Beneficência
Portuguesa (centro).
Mas a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) disse que o
pico de congestionamento da manhã (65 km) foi registrado antes
do acidente, às 8h.
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