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SEGURANÇA
Para oposição, é inconstitucional
Assembléia fará debate sobre taxa
da Reportagem Local
A proposta do governo do Estado de São Paulo de criar uma taxa
de R$ 2,50 mensais, que seria descontada das contas telefônicas,
para financiar a polícia vai ter que
sobreviver a um debate na Assembléia Legislativa antes de ser
avaliada pelos deputados.
Essa discussão está prevista para ocorrer durante três dias - entre
29 de novembro e 1º de dezembro
- em um seminário organizado
pela Assembléia para debater
com a sociedade civil propostas
para a área de segurança.
Antes do debate, a proposta,
mesmo que seja encaminhada
oficialmente para o Legislativo,
não deverá ser avaliada pelos deputados, de acordo com o presidente da Assembléia, Vanderlei
Macris (PSDB).
Para entrar em vigor no próximo ano, a proposta tem de ser votada e aprovada pelos deputados
ainda este ano.
A idéia de instituir a nova taxa
foi divulgada na última sexta-feira
pelo secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi.
O projeto ainda não foi encaminhado aos deputados e não há data para isso ocorrer.
Segundo o governo, a proposta
só será encaminhado à Assembléia se a opinião pública não for
contrária à proposta.
A expectativa do governo é arrecadar R$ 270 milhões por ano
com a nova taxa. Os recursos seriam investidos para equipar a
polícia no Estado. Esses investimentos somaram R$ 142 milhões
nos últimos cinco anos.
Na Assembléia, a proposta enfrenta resistências nas bancadas
do PT, PMDB e PFL, que somam
26 dos 94 deputados. Além de fazerem oposição ao governador,
os deputados destes partidos alegam haver suspeitas de inconstitucionalidade da proposta.
Se a opinião dos deputados depender de entidades como a Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de
São Paulo), a questão política e o
aspecto legal podem ser desprezados. Segundo o presidente da entidade, Ademar Gomes, a associação, que era contra a proposta,
poderá defendê-la.
A única exigência é de que o governo garanta a possibilidade de o
Ministério Público e de outras entidades fiscalizarem a aplicação
dos recursos que poderão ser arrecadados.
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