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Câmara analisa proibição de armas
da Sucursal de Brasília
O projeto do governo que proíbe o porte e a venda de munição e
de armas de fogo, exceto para órgãos de segurança pública e empresas de vigilância, está parado à
espera de sugestões do Ministério
da Justiça e da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
A Comissão de Direitos Humanos se reunirá amanhã para escolher o relator do projeto, provavelmente o deputado Fernando
Gabeira (PV-RJ). O relator terá 15
dias para apresentar as sugestões.
Essa comissão não tem poderes
para mudar o projeto, apenas sugerir modificações.
Prazo
O conteúdo do projeto é analisado na Comissão de Defesa Nacional. O relator, deputado Alberto Fraga (PMDB-DF), é contra a
proibição da venda e vai apenas
restringir a posse de armas. Fraga
disse que o projeto substitutivo
será apresentado assim que as sugestões forem encaminhadas.
Depois que Fraga anunciou que
mudaria a proposta original do
governo, o Ministério da Justiça
pediu prazo para negociar um
texto de consenso.
Resistência
O projeto do governo enfrenta
resistências na Câmara, em especial na bancada gaúcha. As quatro
fábricas de armas e munições em
funcionamento no país estão no
Rio Grande do Sul. Parlamentares
gaúchos afirmam que a proibição
da venda de armas e munições
significará o fechamento de 30 mil
postos de empregos diretos e indiretos no Estado.
Curso
O projeto de Fraga permitirá
que as pessoas tenham uma arma
em casa, mas proibirá que circulem armadas. O registro das armas terá de ser renovado anualmente. Policiais civis e militares e
membros das Forças Armadas
poderão circular com arma particular, segundo o deputado.
A proposta estabelece que, para
comprar uma arma, as pessoas terão de se submeter a um curso para aprender a manuseá-la. Fraga
deixa a regulamentação desses
cursos para lei posterior. Pela legislação atual, a exigência para
que uma pessoa compre uma arma é o atestado de bons antecedentes.
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