São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 2002

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Saída não afasta CPI, dizem vereadores

DA REPORTAGEM LOCAL

A queda do secretário Carlos Zarattini não compromete a mobilização na Câmara para a criação de uma CPI dos transportes. Para os vereadores, Zarattini teve de sair do governo por seus próprios erros e posturas.
"A necessidade de investigação permanece", disse Gilberto Natalini (PSDB), lembrando que há dez pedidos de CPI sobre esse tema na Câmara. Na semana passada, ele reuniu as assinaturas de 35 dos 55 vereadores para que haja prioridade a essa investigação.
Os vereadores confirmam que havia uma disputa entre Zarattini e um setor da base governista, supostamente formado por parlamentares ligados ao transporte.
Antonio Carlos Rodrigues, ex-presidente da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), não confirma. "Eu apóio o plano de transporte da secretaria e o defendi", diz.
Para Alcides Amazonas (PC do B), Zarattini conseguiu "desagradar a todos". "Existe um descontentamento na cidade que é fruto da própria postura dele."
O presidente do sindicato dos motoristas, Edivaldo Santiago, também comemorou a saída de Zarattini, mas disse que a categoria vai manter as reivindicações com o futuro titular da pasta.
"É uma saída boa para a cidade. Ele é muito arrogante, truculento, não dialogava com ninguém. Espero que seja escolhido alguém com bom conhecimento técnico e com um mínimo de habilidade para negociar." O Transurb (sindicato das viações) não quis se manifestar ontem.


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