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Saída não afasta CPI, dizem vereadores
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda do secretário Carlos
Zarattini não compromete a mobilização na Câmara para a criação de uma CPI dos transportes.
Para os vereadores, Zarattini teve
de sair do governo por seus próprios erros e posturas.
"A necessidade de investigação
permanece", disse Gilberto Natalini (PSDB), lembrando que há
dez pedidos de CPI sobre esse tema na Câmara. Na semana passada, ele reuniu as assinaturas de 35
dos 55 vereadores para que haja
prioridade a essa investigação.
Os vereadores confirmam que
havia uma disputa entre Zarattini
e um setor da base governista, supostamente formado por parlamentares ligados ao transporte.
Antonio Carlos Rodrigues, ex-presidente da EMTU (Empresa
Metropolitana de Transportes
Urbanos), não confirma. "Eu
apóio o plano de transporte da secretaria e o defendi", diz.
Para Alcides Amazonas (PC do
B), Zarattini conseguiu "desagradar a todos". "Existe um descontentamento na cidade que é fruto
da própria postura dele."
O presidente do sindicato dos
motoristas, Edivaldo Santiago,
também comemorou a saída de
Zarattini, mas disse que a categoria vai manter as reivindicações
com o futuro titular da pasta.
"É uma saída boa para a cidade.
Ele é muito arrogante, truculento,
não dialogava com ninguém. Espero que seja escolhido alguém
com bom conhecimento técnico e
com um mínimo de habilidade
para negociar." O Transurb (sindicato das viações) não quis se
manifestar ontem.
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