São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 2002

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Parentes de pai adotivo contradizem Vilma

FABIANO MAISONNAVE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA

Os depoimentos de parentes de Osvaldo Borges, pai adotivo de Pedrinho e que morreu no mês passado de câncer, previstos para hoje em Goiânia, devem reforçar as evidências contra a mãe adotiva, Vilma Martins Costa, 47, que também deve depor.
Na semana passada, o delegado Hertz Andrade, responsável pelo inquérito, disse já não ter dúvidas de que Vilma levou Pedrinho de um hospital em Brasília, em 86.
Osvaldo teve quatro filhos de seu primeiro casamento, com Cleonisia Amélia de Oliveira. Em entrevistas na semana passada, ela e um de seus filhos, Jorge Borges, sustentaram que Osvaldo morreu sem saber que Pedrinho, registrado como Osvaldo Borges Jr., não era seu filho legítimo.
A família acredita que Vilma pode ter forjado uma gravidez para convencer Osvaldo a ficar com ela. Na época, ele estava se separando de Cleonisia. Vilma teria tomado remédios para engordar e, depois de uma viagem, teria aparecido com o bebê.
"A gente sempre suspeitava que o menino não era filho do Osvaldo, ele não se parece com a nossa família", disse à Agência Folha Luzia Borges, irmã do pai adotivo. Ela afirma que teve pouco contato com Pedrinho. "Não frequentávamos a casa dela."
Até agora, Vilma não comentou a versão da família Borges. Para seu advogado, Ezízio Barbosa, 44, a família "está tentando proteger a memória de Osvaldo, o que é natural". Ela deve manter a versão de que o bebê foi entregue a Osvaldo por uma gari.
O delegado Andrade confirmou também que a jovem que denunciou a verdadeira identidade de Pedrinho deverá ser ouvida nesta semana em Goiânia.


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