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Parentes de pai adotivo contradizem Vilma
FABIANO MAISONNAVE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA
Os depoimentos de parentes de
Osvaldo Borges, pai adotivo de
Pedrinho e que morreu no mês
passado de câncer, previstos para
hoje em Goiânia, devem reforçar
as evidências contra a mãe adotiva, Vilma Martins Costa, 47, que
também deve depor.
Na semana passada, o delegado
Hertz Andrade, responsável pelo
inquérito, disse já não ter dúvidas
de que Vilma levou Pedrinho de
um hospital em Brasília, em 86.
Osvaldo teve quatro filhos de
seu primeiro casamento, com
Cleonisia Amélia de Oliveira. Em
entrevistas na semana passada,
ela e um de seus filhos, Jorge Borges, sustentaram que Osvaldo
morreu sem saber que Pedrinho,
registrado como Osvaldo Borges
Jr., não era seu filho legítimo.
A família acredita que Vilma
pode ter forjado uma gravidez para convencer Osvaldo a ficar com
ela. Na época, ele estava se separando de Cleonisia. Vilma teria
tomado remédios para engordar
e, depois de uma viagem, teria
aparecido com o bebê.
"A gente sempre suspeitava que
o menino não era filho do Osvaldo, ele não se parece com a nossa
família", disse à Agência Folha
Luzia Borges, irmã do pai adotivo.
Ela afirma que teve pouco contato
com Pedrinho. "Não frequentávamos a casa dela."
Até agora, Vilma não comentou
a versão da família Borges. Para
seu advogado, Ezízio Barbosa, 44,
a família "está tentando proteger
a memória de Osvaldo, o que é
natural". Ela deve manter a versão
de que o bebê foi entregue a Osvaldo por uma gari.
O delegado Andrade confirmou
também que a jovem que denunciou a verdadeira identidade de
Pedrinho deverá ser ouvida nesta
semana em Goiânia.
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