DA REPORTAGEM LOCAL

O pronto-socorro do Hospital São Paulo, um dos maiores do país, atendeu da 0h às 12h de ontem apenas 10% do número de pacientes que costumava atender. A direção do hospital, que pertence à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), já havia anunciado que haveria uma redução.
Ontem foram 63 atendimentos da 0h às 12h. Segunda passada, no mesmo período, 635 pessoas haviam sido atendidas. Na segunda da semana anterior, dia 4, o número de atendimentos foi de 636.
"A redução está dentro do previsto. Atendíamos em média 1.200 pacientes por dia e prevíamos atender 300 a partir de hoje [ontem]", disse José Roberto Ferraro, diretor-superintendente do hospital. Mas, dobrando o número de pacientes do meio período desta segunda, chega-se a 126 pacientes atendidos ontem. Menos da metade do previsto.
"Nós avisamos com antecedência que diminuiríamos os atendimentos, talvez tenha havido um desestímulo", disse Ferraro.
De acordo com a diretoria do hospital, a instituição teria déficit de R$ 2 milhões mensais, acumulando dívida de R$ 60 milhões. "Precisamos de R$ 11 milhões que constam de emendas aprovadas no Ministério da Saúde para pagarmos 13º e fornecedores. Se recebermos 80% disso, vamos funcionar, mas não sei o que vai acontecer no fim de dezembro."
A diretoria informou que as urgências são atendidas e a prioridade é dada aos pacientes internados. Os outros são redirecionados para a rede hospitalar.


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