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ENSINO PRIMÁRIO
Professora é apoiada por metade das mães
Mães se dividem sobre suposto castigo em escola de Nova Odessa
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM NOVA ODESSA
A polêmica em torno do suposto castigo aplicado a um aluno de
sete anos da escola municipal Salime Abdo, em Nova Odessa (126
km de SP), dividia ontem as mães
dos colegas de classe do garoto.
A professora da turma é acusada pela mãe do aluno de tê-lo deixado quatro horas agachado atrás
da porta da sala de aula na sexta-feira da semana passada. A professora negou, por meio da prefeitura, ter aplicado o castigo. Ela ficará 30 dias afastada.
Um grupo de mães dos alunos
da sala -1ª série- organizou
ontem um abaixo-assinado para
defender a professora. Até as 16h,
20 das 38 mães haviam aderido.
A criança voltou à escola ontem,
teve aula de informática, brincou.
O menino disse ter ficado de castigo por não devolver um livro no
prazo à biblioteca. "Foi a primeira
vez que não devolvi o livro. Ela
[professora] costuma deixar outras crianças de castigo também."
A mãe do garoto disse ter sido
xingada por outras mães.
Em frente à escola, as mães se
dividiram em grupos para apoiar
ou acusar a professora. "Minha filha, que estuda na mesma sala,
disse que não houve castigo. O garoto voltou para se esconder na
sala", disse Mara Scavacini.
A dona-de-casa Isabel Carvalho
contesta. "É normal as crianças ficarem de castigo todo o recreio".
"A professora mandou que ele
saísse por último depois da aula",
disse uma colega do garoto.
Inquérito
Ontem, a Polícia Civil de Nova
Odessa abriu um inquérito para
investigar o incidente. ""Na próxima semana começaremos a ouvir
os depoimentos para apurar se
houve alguma ilegalidade por
parte da professora", disse o delegado Antonio Donizete Braga.
Uma sindicância da Prefeitura
também apura o caso. O depoimento da professora deve ser tomado hoje. Se o castigo for constatado, ela deverá ser exonerada.
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