PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA

Os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro vão desenvolver a partir de janeiro uma ação de segurança pública conjunta no eixo que estão chamando de "triângulo da criminalidade", segundo o governador eleito de Minas, Aécio Neves (PSDB).
Na semana passada, Aécio tratou do tema, em Brasília, com a governadora eleita do Rio, Rosinha Garotinho (PSB).
Em seguida, Aécio falou com o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que aprovou a idéia. A primeira reunião, diz Aécio, vai acontecer no início de janeiro, em local a ser definido.
"Será a primeira cúpula de segurança que pretendemos criar nesse triângulo da criminalidade. Os três Estados reúnem 40% da população do país e mais de 50% do PIB [Produto Interno Bruto"", disse Aécio.
Os projetos, disse, serão desenvolvidos pelos três Estados, mas o objetivo é que as áreas de segurança pública "compartilhem informações" e eventualmente realizem operações conjuntas em várias frentes.
"Além de uma comunicação entre nossos cadastros e o desenvolvimento de ações conjuntas de inteligência, essa união vai permitir ainda otimizar custos." Esse tipo de ação deve ser repetida em outras áreas -como a ambiental.
Em Minas, Aécio fará, pela primeira vez, a integração das polícias Civil e Militar. Sempre houve resistência do comando da PM mineira, que até hoje esteve subordinada diretamente ao governador do Estado.
Apesar da subordinação direta ao governador, dois movimentos rebeldes ocorreram no Estado. O primeiro foi realizado por oficiais da corporação na gestão Newton Cardoso (1987-91); o outro foi articulado por soldados e cabos, por melhores salários, na gestão de Eduardo Azeredo (94-98).
A partir do próximo ano, as duas polícias devem ficar sob a orientação da Secretaria da Segurança Pública.


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