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CÂMARA MUNICIPAL
Se a proposta não for alterada, prefeitura terá margem de remanejamento de 10% no ano que vem
Orçamento é aprovado em primeira votação
JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal aprovou
ontem, em primeira votação, parecer do Orçamento que dá à prefeita Marta Suplicy (PT) uma
margem de remanejamento de
10%, como queria o governo.
Com a taxa, o governo poderá ter
R$ 1 bilhão para realocar livremente das receitas de R$ 10,2 bilhões previstas para 2003.
Neste ano, o Orçamento inicial
previa uma margem de 12% de remanejamento de recursos e uma
receita de R$ 9,58 bilhões -para
2003, a previsão é de crescimento
de 6,59%.
Segundo vereadores de oposição, a taxa de remanejamento de
10% desfigura o Orçamento que
deverá ser aprovado pela Câmara
Municipal.
Isso porque a prefeitura não será obrigada a pedir licença ao Legislativo se quiser redistribuir recursos entre as secretarias -desde que a realocação seja de até
10% do Orçamento.
"A Câmara está assinando um
cheque em branco para a prefeita", disse ontem o vereador da
bancada de oposição Salim Curiati (PPB), que defende uma margem de 1% de remanejamento.
A proposta do pepebista deverá
ser feita por meio de emendas que
poderão ser apresentadas pelos
parlamentares ao projeto antes da
votação final do Orçamento, prevista para os últimos dias do ano.
Tramitação
A margem de 10% consta de um
substitutivo ao projeto original do
Executivo aprovado ontem em
plenário. Votaram 46 dos 55 vereadores, todos a favor da proposta. O parecer já havia sido aprovado anteontem à noite pela Comissão de Finanças da Câmara, onde
foram feitas alterações à proposta
da administração.
O parecer aprovado ontem ainda precisará ser submetido a uma
nova votação em plenário. Se não
for modificado, a Câmara Municipal terá R$ 14,9 milhões a mais
do que o destinado inicialmente
pelo governo - de R$ 197,1 milhões para R$ 212 milhões.
Carros
Na verba adicional, destinada
pelos vereadores, está incluído
um total de R$ 1,9 milhão para
aquisição e locação de veículos
para a frota da Câmara.
Dividindo o valor pelos 55 vereadores, o Legislativo poderá ter
R$ 34,5 mil por parlamentar no
ano que vem para substituir os
atuais carros do modelo Voyage
92 que eles têm à disposição.
"Isso não passou pelo exame da
presidência. Foi uma decisão da
Comissão de Finanças", disse o
presidente da Câmara, José
Eduardo Cardozo (PT), sobre a
verba para a troca da frota.
A verba foi incluída em um parecer apresentado à comissão pelo vereador José Viviani Ferraz
(PMDB) e endossado por outros
quatro vereadores: Milton Leite
(PMDB), Paulo Frange (PTB),
Gilson Barreto (PSDB) e Augusto
Campos (PT).
Ajuste
Os R$ 14,9 milhões fazem parte
de um total de R$ 66,8 milhões
acrescentados ao Orçamento,
principalmente pelos vereadores
-a proposta original do Executivo previa uma receita de R$ 10,1
bilhões para 2003.
O acréscimo foi feito devido à
previsão de receita extra que o
município terá com dois fundos
municipais no ano que vem.
Na realocação da despesa, também foram destinados recursos a
outros setores, como habitação
-mais R$ 46,6 milhões- e subprefeituras -uma receita extra
de R$ 4,9 milhões.
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