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Tráfico motiva crimes em Embu-Guaçu
THARSILA PRATES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na manhã do domingo, 27 de
novembro, um dos vizinhos de
Tiago Santos Cavalcante, 18, e de
sua namorada C.A.S.C, 14, disse
ter escutado o barulho da porta da
casa do casal sendo arrombada.
Ouviu ainda pessoas gritando. Só
saiu de casa quando tudo se acalmou. A tempo, porém, de ver a
mãe de C. gritar que a filha ainda
estava viva. Tiago e C. foram socorridos, mas não sobreviveram.
A morte do casal é mais um dos
29 homicídios dolosos que já
aconteceram de janeiro a setembro deste ano em Embu-Guaçu
(Grande São Paulo), cidade que lidera o ranking de maior coeficiente de homicídio doloso por
grupo de 100 mil habitantes no
Estado. Parentes disseram em depoimento que Tiago estava jurado de morte por dívida de tráfico
no Jardim Ângela, em São Paulo.
A família não comentou o caso.
A proximidade de Embu-Guaçu com bairros violentos da capital, o crescimento populacional
desordenado e o tráfico de drogas
são algumas causas dos altos índices de homicídios, segundo o
Conseg (Conselho Comunitário
de Segurança). O delegado titular
da cidade, Leonardo Piglionico
Neto, diz que a maioria dos crimes está ligada ao tráfico.
Para prevenir a violência, o
Conseg e a Secretaria de Segurança de Embu-Guaçu afirmam que
são necessários mais policiais e
veículos para patrulha.
O comandante interino do 25º
Batalhão de Itapecerica da Serra,
major Carlos Gomes de Moraes,
afirma que a proposta de criação
da 3ª companhia de polícia será
encaminhada para o Comando
Geral. Segundo ele, o efetivo é dimensionado para atender às demandas de cada município.
Tharsila Prates participou da 40ª turma
do Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha, que teve como
patrocinador a Philip Morris Brasil
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