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Morador se recusa a deixar "casa"
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Prefeitura de Ribeirão Preto
quer pedir aposentadoria para o
ex-catador de ferro-velho Orlando Petreli, mas ele se recusa a deixar o casebre, mesmo que por algumas horas, temeroso de que
seus pertences sejam furtados.
A Folha acompanhou a visita
que representante da prefeitura
fez ao local onde ele vive. "O senhor tem que ir com a gente para
assinar o pedido da aposentadoria, seu Orlando", afirmava Marcelo Fonseca, monitor do Cetrem
(Central de Triagem e Encaminhamento do Migrante, Itinerante e Mendicante). "Não posso sair.
Se eu sair, entra um ladrão aqui e
rouba tudo", respondeu.
Petreli deve ser incluído no BPC
(Benefício de Prestação Continuada) do governo federal, que
paga um salário mínimo (R$ 340)
a pessoas acima de 65 anos ou incapacitadas para o trabalho.
Foi o monitor quem descobriu
o esconderijo de Orlando, há cerca de um ano. "Fiquei sem dormir
dois dias", disse, sobre a reação
que teve à época. Fonseca, na ocasião, levou Orlando para o Cetrem para tomar banho, fazer a
barba e se alimentar. Ele recebeu
uma cesta básica da prefeitura.
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