|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Centro aposta na guerra de preços
DA SUCURSAL DO RIO
Pela primeira vez, um centro
universitário apareceu no meio de
universidades no ranking das 20
maiores instituições de ensino superior do Brasil. A UniverCidade
(Centro Universitário da Cidade),
no Rio de Janeiro, tinha, de acordo com os dados do MEC, 22 mil
alunos em 2001.
A instituição é do empresário
Ronald Levinsohn. Sua estratégia
de crescimento é parecida com a
de sua maior concorrente, a Universidade Estácio de Sá. A UniverCidade fez parcerias para usar as
dependências ociosas de colégios
para oferecer aulas noturnas. A
instituição também entrou na
guerra de preços, oferecendo cursos com mensalidades a R$ 150.
Os centros universitários foram
criados pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) em 1996
para dar mais autonomia a instituições que desejassem oferecer
novas vagas na graduação sem
precisar investir em pesquisa.
Com isso, os centros ganharam
mais autonomia para abrir cursos
do que as faculdades, mas ainda
possuem menos autonomia do
que as universidades. Estas, no
entanto, têm obrigação constitucional de investir em pesquisa.
Para o presidente da Anaceu
(Associação Nacional de Centros
Universitários), Magno Maranhão, a tendência para os próximos anos é que os centros universitários cresçam ainda mais.
"Os centros têm uma estrutura
mais ágil e menos burocrática.
Além disso, estão atualizados,
oferecendo cursos em novas áreas
de conhecimento", afirma ele.
Enquanto os centros pressionam o MEC por mais autonomia,
as universidades protestam que
isso fará com que eles tenham a
mesma autonomia que elas, sem a
obrigação de investir em pesquisa, o que afetaria a qualidade.
Texto Anterior: Para o MEC, reduzir vaga ociosa é desafio Próximo Texto: Mortes Índice
|