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São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 2003

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Centro aposta na guerra de preços

DA SUCURSAL DO RIO

Pela primeira vez, um centro universitário apareceu no meio de universidades no ranking das 20 maiores instituições de ensino superior do Brasil. A UniverCidade (Centro Universitário da Cidade), no Rio de Janeiro, tinha, de acordo com os dados do MEC, 22 mil alunos em 2001.
A instituição é do empresário Ronald Levinsohn. Sua estratégia de crescimento é parecida com a de sua maior concorrente, a Universidade Estácio de Sá. A UniverCidade fez parcerias para usar as dependências ociosas de colégios para oferecer aulas noturnas. A instituição também entrou na guerra de preços, oferecendo cursos com mensalidades a R$ 150.
Os centros universitários foram criados pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) em 1996 para dar mais autonomia a instituições que desejassem oferecer novas vagas na graduação sem precisar investir em pesquisa.
Com isso, os centros ganharam mais autonomia para abrir cursos do que as faculdades, mas ainda possuem menos autonomia do que as universidades. Estas, no entanto, têm obrigação constitucional de investir em pesquisa.
Para o presidente da Anaceu (Associação Nacional de Centros Universitários), Magno Maranhão, a tendência para os próximos anos é que os centros universitários cresçam ainda mais.
"Os centros têm uma estrutura mais ágil e menos burocrática. Além disso, estão atualizados, oferecendo cursos em novas áreas de conhecimento", afirma ele.
Enquanto os centros pressionam o MEC por mais autonomia, as universidades protestam que isso fará com que eles tenham a mesma autonomia que elas, sem a obrigação de investir em pesquisa, o que afetaria a qualidade.


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