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UNICAMP
Projeto, que custará R$ 1,7 mi, será o 1º entre as universidades brasileiras
Criado programa para lixo radioativo
MÁRIO TONOCCHI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) espera implantar ainda neste ano o primeiro programa institucional entre as
universidades brasileiras de gerenciamento de resíduos radioativos, químicos e biológicos.
Esses produtos são gerados durante as atividades de ensino, pesquisa e atendimento na área hospitalar da universidade.
Como as demais unidades de
ensino superior do país, a Universidade de Campinas vinha, até
agora, tratando seus resíduos perigosos de forma isolada. Ou seja,
cada instituto ou faculdade produtora de resíduos é responsável
pelo gerenciamento próprio, sem
um plano global de gestão.
De acordo com o presidente da
comissão que montou o planejamento na Unicamp, Fernando
Coelho, 46, a proposta ainda depende da aprovação do Consu
(Conselho Universitário).
O custo previsto no programa
para a construção ou adequação
de áreas de armazenamento temporário para os resíduos está avaliado em R$ 1,7 milhão.
"Com a aprovação do conselho
[prevista para ocorrer ainda neste
semestre", a implantação efetiva
deve acontecer até o final do ano.
O funcionamento completo deve
ocorrer em três anos", afirmou o
presidente da Comissão Assessora de Resíduos Biológicos, Químicos e Radioativos.
A comissão foi montada em
2002, após a universidade descobrir que não tinha mais espaço físico para armazenar seus resíduos. Hoje, segundo Coelho, a
universidade tem cerca de 80 toneladas de material para serem
incineradas, a maior parte de origem em pesquisas químicas.
A Unicamp também produz
mensalmente 60 toneladas de material biológico, 10.260 quilos de
resíduos químicos, 385 litros de
solventes e 973 quilos de sólidos
contaminados com radioativos.
Há três anos, um grupo de pesquisadores tenta implantar projeto semelhante ao da Unicamp na
UFRGS (Universidade Federal do
Rio Grande do Sul).
A UFRJ (Universidade Federal
do Rio de Janeiro) optou pela parceria com a iniciativa privada para tratar seus resíduos, a princípio
os não perigosos. A parceria vai
gerar 1.500 quilowatts de energia
elétrica com a construção de uma
usina verde, que será abastecida
com 30 toneladas diárias de resíduos da universidade. Segundo o
diretor-presidente da UsinaVerde
S.A., Henrique Saraiva, a empresa
investirá R$ 8 milhões no projeto.
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