São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

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VIOLÊNCIA

Homem invade de casas e ataca com faca em plena luz do dia

Polícia busca estuprador no Alto de Pinheiros

DO "AGORA"

Um homem acusado de estupro e roubo em pelo menos cinco casos registrados pela polícia tem apavorado a população de classe média alta do bairro Alto de Pinheiros -onde mora o prefeito José Serra (PSDB)-, na zona oeste da capital paulista, há pelo menos cinco meses.
Em todos os casos, o criminoso agiu em plena luz do dia e utilizou uma pequena faca para render suas vítimas. Ele também sempre invade casas de alto padrão e, ao fugir, troca de roupa, que carrega em uma mochila.
O último caso ocorreu na sexta-feira. Ele estuprou uma estudante de 16 anos no momento em que carros da polícia lotavam a mesma rua onde, minutos antes, havia roubado, esfaqueado uma mulher e matado um cachorro.
O criminoso -um negro aparentando 25 anos, com espinhas no rosto, forte, altura mediana, cabelos curtos e olhos castanhos- invadiu uma casa às 16h, roubou, esfaqueou a proprietária e matou o cachorro a facadas.
Logo depois, fugiu e se escondeu em outra casa. "A polícia chegou, ficou uma hora, fez buscas e foi embora. Ele fugiu logo depois. Enquanto os policiais estavam lá, ele a estuprou. Um vizinho viu ele fugir pelos fundos", contou um morador do bairro.
Segundo a polícia, o estuprador passou a agir no dia 3 de setembro do ano passado (de acordo com registros em boletins de ocorrência), quando invadiu uma casa e roubou cerca de R$ 5.000. Sozinha no local, uma empregada de 21 anos foi estuprada antes de o criminoso fugir.
Mais de um mês depois, no dia 28 de outubro, o criminoso voltou a atacar. Outra vez, o estuprador invadiu uma casa de alto padrão e roubou jóias, uma quantia de dinheiro (não divulgada pela polícia) e um aparelho de DVD. Ele ainda estuprou a empregada doméstica, que estava sozinha.

"Calculista"
Para a Polícia Civil, o criminoso é perigoso, calculista e, possivelmente, monitora as casas dias antes de invadi-las.
"Em todos os casos, ele saltou o muro da casa e se escondeu, surpreendendo a vítima. Ele sempre se utiliza de um terreno baldio, construção ou árvores próximas para poder acessá-la mais facilmente. Depois, troca de roupa e foge", disse o delegado-assistente do 14º DP (Pinheiros), Marcel Luiz de Campos.
O terceiro caso ocorreu poucos dias depois (6 de novembro), próximo a uma praça. Após roubar dinheiro e jóias, ele novamente tentou estuprar. Desta vez, porém, a empregada estava acompanhada da dona da casa, uma mulher de 54 anos, que reagiu. Nervoso, ele esfaqueou a mulher na perna e fugiu.
"Fizemos um amplo trabalho de investigação no bairro, mas ele desapareceu por dois meses. Agora, voltou a atacar", disse.


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