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VIOLÊNCIA
Homem invade de casas e ataca com faca em plena luz do dia
Polícia busca estuprador no Alto de Pinheiros
DO "AGORA"
Um homem acusado de estupro e roubo em pelo menos cinco
casos registrados pela polícia tem
apavorado a população de classe
média alta do bairro Alto de Pinheiros -onde mora o prefeito
José Serra (PSDB)-, na zona oeste da capital paulista, há pelo menos cinco meses.
Em todos os casos, o criminoso
agiu em plena luz do dia e utilizou
uma pequena faca para render
suas vítimas. Ele também sempre
invade casas de alto padrão e, ao
fugir, troca de roupa, que carrega
em uma mochila.
O último caso ocorreu na sexta-feira. Ele estuprou uma estudante
de 16 anos no momento em que
carros da polícia lotavam a mesma rua onde, minutos antes, havia roubado, esfaqueado uma
mulher e matado um cachorro.
O criminoso -um negro aparentando 25 anos, com espinhas
no rosto, forte, altura mediana,
cabelos curtos e olhos castanhos- invadiu uma casa às 16h,
roubou, esfaqueou a proprietária
e matou o cachorro a facadas.
Logo depois, fugiu e se escondeu em outra casa. "A polícia chegou, ficou uma hora, fez buscas e
foi embora. Ele fugiu logo depois.
Enquanto os policiais estavam lá,
ele a estuprou. Um vizinho viu ele
fugir pelos fundos", contou um
morador do bairro.
Segundo a polícia, o estuprador
passou a agir no dia 3 de setembro
do ano passado (de acordo com
registros em boletins de ocorrência), quando invadiu uma casa e
roubou cerca de R$ 5.000. Sozinha no local, uma empregada de
21 anos foi estuprada antes de o
criminoso fugir.
Mais de um mês depois, no dia
28 de outubro, o criminoso voltou
a atacar. Outra vez, o estuprador
invadiu uma casa de alto padrão e
roubou jóias, uma quantia de dinheiro (não divulgada pela polícia) e um aparelho de DVD. Ele
ainda estuprou a empregada doméstica, que estava sozinha.
"Calculista"
Para a Polícia Civil, o criminoso
é perigoso, calculista e, possivelmente, monitora as casas dias antes de invadi-las.
"Em todos os casos, ele saltou o
muro da casa e se escondeu, surpreendendo a vítima. Ele sempre
se utiliza de um terreno baldio,
construção ou árvores próximas
para poder acessá-la mais facilmente. Depois, troca de roupa e
foge", disse o delegado-assistente
do 14º DP (Pinheiros), Marcel
Luiz de Campos.
O terceiro caso ocorreu poucos
dias depois (6 de novembro), próximo a uma praça. Após roubar
dinheiro e jóias, ele novamente
tentou estuprar. Desta vez, porém, a empregada estava acompanhada da dona da casa, uma
mulher de 54 anos, que reagiu.
Nervoso, ele esfaqueou a mulher
na perna e fugiu.
"Fizemos um amplo trabalho
de investigação no bairro, mas ele
desapareceu por dois meses. Agora, voltou a atacar", disse.
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