São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 2007

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Valor das indenizações deverá sair em até 40 dias

Prazo foi estimado pelo secretário da Justiça; cálculo será separado por vítima

Defesa Civil vistoriou 69 imóveis da região, dos quais 14 foram liberados e 55 interditados; três deles já precisaram ser demolidos

DANIELA TÓFOLI
FÁBIO TAKAHASHI
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, estima que o valor das indenizações para as vítimas da cratera do metrô, para as famílias dos mortos ou para os desabrigados, seja estipulado entre 30 e 40 dias.
Todas as indenizações deverão sair juntas, mas cada situação será calculada separadamente, afirma. "Para as vítimas, por exemplo, é preciso calcular a expectativa de vida e o rendimento mensal."
Ontem, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou, no velório do motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, que o Estado está ajudando as famílias a obter as indenizações, seja disponibilizando a Defensoria Pública, seja contatando a seguradora da obra.
"Estamos ajudando as famílias e eu pedi ao secretário do Planejamento, Francisco Luna, e ao secretário Luiz Marrey que entrassem em contato com a seguradora", disse.
A assessoria de imprensa da Secretaria da Justiça informou que caso o Estado tenha de assumir as indenizações das famílias, não será necessário projeto de lei ou decreto.
A Defesa Civil decidiu não fazer mais vistorias nos imóveis da região atingidos pela cratera até que seja retirada a grua que ainda está no centro do buraco, operação prevista para terminar neste fim de semana.
Até agora, 69 imóveis da região foram vistoriados e, desses, 14 liberados e 55 interditados. Dos 55, três foram demolidos e dez condenados.
Donos de imóveis da região disseram ontem que aguardam desde quinta-feira uma reunião com representantes do Consórcio Via Amarela para tratar sobre as indenizações.
A conversa tinha sido marcada para quinta-feira, mas acabou sendo cancelada, afirma o corretor de imóveis Antônio Manuel Dias Teixeira, síndico de prédio interditado na rua Gilberto Sabino, vizinho ao local do acidente.
"Muito se fala, mas não vieram conversar com a gente. Ninguém ligou até agora", afirmou Teixeira.


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