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Valor das indenizações deverá sair em até 40 dias
Prazo foi estimado pelo secretário da Justiça; cálculo será separado por vítima
Defesa Civil vistoriou 69 imóveis da região, dos quais 14 foram liberados e 55 interditados; três deles já precisaram ser demolidos
DANIELA TÓFOLI
FÁBIO TAKAHASHI
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Justiça de
São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, estima que o
valor das indenizações para as
vítimas da cratera do metrô,
para as famílias dos mortos ou
para os desabrigados, seja estipulado entre 30 e 40 dias.
Todas as indenizações deverão sair juntas, mas cada situação será calculada separadamente, afirma. "Para as vítimas, por exemplo, é preciso
calcular a expectativa de vida e
o rendimento mensal."
Ontem, o governador de São
Paulo, José Serra (PSDB), afirmou, no velório do motorista
Reinaldo Aparecido Leite, 40,
que o Estado está ajudando as
famílias a obter as indenizações, seja disponibilizando a
Defensoria Pública, seja contatando a seguradora da obra.
"Estamos ajudando as famílias e eu pedi ao secretário do
Planejamento, Francisco Luna,
e ao secretário Luiz Marrey que
entrassem em contato com a
seguradora", disse.
A assessoria de imprensa da
Secretaria da Justiça informou
que caso o Estado tenha de assumir as indenizações das famílias, não será necessário projeto de lei ou decreto.
A Defesa Civil decidiu não fazer mais vistorias nos imóveis
da região atingidos pela cratera
até que seja retirada a grua que
ainda está no centro do buraco,
operação prevista para terminar neste fim de semana.
Até agora, 69 imóveis da região foram vistoriados e, desses, 14 liberados e 55 interditados. Dos 55, três foram demolidos e dez condenados.
Donos de imóveis da região
disseram ontem que aguardam
desde quinta-feira uma reunião
com representantes do Consórcio Via Amarela para tratar
sobre as indenizações.
A conversa tinha sido marcada para quinta-feira, mas acabou sendo cancelada, afirma o
corretor de imóveis Antônio
Manuel Dias Teixeira, síndico
de prédio interditado na rua
Gilberto Sabino, vizinho ao local do acidente.
"Muito se fala, mas não vieram conversar com a gente.
Ninguém ligou até agora", afirmou Teixeira.
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