São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 2007

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No tribunal, mãe nega ter atirado bebê em lagoa

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A ex-vendedora Simone Cassiano da Silva, 30, acusada de atirar a filha de dois meses na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, em janeiro de 2006, sentou-se ontem no banco dos réus e negou o crime.
"Esse fato não ocorreu", disse, em sua primeira manifestação. O julgamento, iniciado às 9h no 1º Tribunal do Júri, não havia terminado até a conclusão desta edição.
Presa desde a época dos fatos, Simone é acusada de tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe (repulsivo) e com uso de meio cruel. A expectativa ontem era que, se condenada, sua pena ficasse abaixo do mínimo de 12 anos.
A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que ela jogou a filha -hoje sob a guarda provisória de um casal- na lagoa porque queria esconder do então namorado o fato de a menina ser filha de outro homem.
Interrogada, Simone repetiu sua versão: entregou o bebê -que acabara de sair da maternidade- a um casal de moradores de rua que passava. O casal nunca foi localizado. Atribuiu o abandono do bebê à depressão e negou ter chamado a filha de "droga". "A droga é do fato, e não da minha filha."
O processo foi aberto em fevereiro de 2006. Foram ouvidas 14 testemunhas. Um exame de DNA -contestado pela ré- apontou que o advogado com quem vivia na época não é pai da menina.
O interrogatório da ex-vendedora se concentrou no dia do crime. Ela negou ter chamado um táxi na orla da lagoa, conforme uma operadora de teletáxi disse no processo. A defesa sustentou que não há provas contra Simone.


NA INTERNET - Leia a cobertura do julgamento na Folha Online
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