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No tribunal, mãe nega ter atirado bebê em lagoa
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
A ex-vendedora Simone Cassiano da Silva, 30, acusada de
atirar a filha de dois meses na
lagoa da Pampulha, em Belo
Horizonte, em janeiro de 2006,
sentou-se ontem no banco dos
réus e negou o crime.
"Esse fato não ocorreu", disse, em sua primeira manifestação. O julgamento, iniciado às
9h no 1º Tribunal do Júri, não
havia terminado até a conclusão desta edição.
Presa desde a época dos fatos, Simone é acusada de tentativa de homicídio qualificado,
por motivo torpe (repulsivo) e
com uso de meio cruel. A expectativa ontem era que, se
condenada, sua pena ficasse
abaixo do mínimo de 12 anos.
A Polícia Civil e o Ministério
Público concluíram que ela jogou a filha -hoje sob a guarda
provisória de um casal- na lagoa porque queria esconder do
então namorado o fato de a menina ser filha de outro homem.
Interrogada, Simone repetiu
sua versão: entregou o bebê
-que acabara de sair da maternidade- a um casal de moradores de rua que passava. O casal
nunca foi localizado. Atribuiu o
abandono do bebê à depressão
e negou ter chamado a filha de
"droga". "A droga é do fato, e
não da minha filha."
O processo foi aberto em fevereiro de 2006. Foram ouvidas 14 testemunhas. Um exame
de DNA -contestado pela ré-
apontou que o advogado com
quem vivia na época não é pai
da menina.
O interrogatório da ex-vendedora se concentrou no dia do
crime. Ela negou ter chamado
um táxi na orla da lagoa, conforme uma operadora de teletáxi disse no processo. A defesa
sustentou que não há provas
contra Simone.
NA INTERNET - Leia a cobertura do
julgamento na Folha Online
www.folha.com.br/cotidiano
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