São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2008

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Camelôs faturam em dia de chuva na av. Paulista

DA REVISTA DA FOLHA

Foram os camelôs da av. Paulista que o batizaram. Geraldo Dias Machado é, na verdade, o Rei do Guarda-Chuva -trabalha há 25 anos na região vendendo guarda-chuvas. Os preços vão de R$ 10 a R$ 20. Mais de 50 cabos pendurados ao ágil carrinho de mão -bom para fugir da polícia. Ele diz que já perdeu a conta de quantas vezes foi pego. A multa para recuperar a mercadoria, de R$ 85, cresce à medida em que se é flagrado.
O Rei do Guarda-Chuva não se sujeita a disputar espaço com outros vendedores na porta das estações de metrô. Seu reinado é a entrada do banco Bradesco próximo à rua Augusta. Também não cede à pechincha. "O preço é esse mesmo, quem quiser, que pague."
Sua melhor ferramenta de trabalho é a previsão do tempo. A previsão do "canal 4" (SBT), segundo ele, é mais precisa do que a do "5" (Rede Globo).
No inverno, quando as chuvas rareiam em São Paulo, os colegas de trabalho trocam os guarda-chuvas por outros artigos. Só Geraldo persiste.
Ainda assim, é a venda de gorrinhos e luvas que completa os vencimentos do rei.


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