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Corregedoria vai apurar atuação de policiais
DA REPORTAGEM LOCAL
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo vai investigar a
suspeita, levantada em reportagem da TV Bandeirantes, de
que podem ter sido "plantados"
os relógios achados com o motoqueiro Firmino Barbosa, 30,
morto pelo promotor Pedro
Baracat, 42, em suposta tentativa de roubo no início do mês.
A reportagem, veiculada na
última sexta, informa que um
PM, não identificado, disse ter
revistado o motoqueiro antes
de levá-lo ao hospital, sem encontrar os relógios apresentados mais tarde à Polícia Civil.
Essa revista em feridos antes
do socorro faz parte dos procedimentos de segurança da PM.
Os sete relógios apreendidos
como sendo do motoqueiro, segundo o boletim de ocorrência,
foram encontrados por uma
enfermeira chamada Kátia.
O hospital São Paulo confirma a existência da funcionária
e que ela disse ter encontrado
os relógios nas roupas de Barbosa. O hospital negou-se a
identificá-la e informou que a
funcionária só quer falar sobre
o assunto às autoridades.
O boletim de ocorrência foi
registrado no Deic (Departamento de Investigações sobre o
Crime Organizado) cinco horas
depois dos disparos, mesmo
não sendo o distrito da região
do crime.
A reportagem da Bandeirantes diz que o depoimento do policial foi prestado na Corregedoria da Polícia Militar. A Secretaria de Segurança Pública
não confirma nem o depoimento nem o teor dele.
O Ministério Público Estadual informou que uma tenente, além de outros policiais,
prestaram depoimento. Segundo a Promotoria, o teor dos depoimentos só será divulgado ao
término das apurações.
Baracat não falou sobre o assunto. Em depoimento à Polícia Civil, disse que atirou após
ser abordado por Barbosa, que
queria roubar-lhe o relógio.
Duas vítimas de roubo se
apresentaram à polícia dizendo
ter reconhecido o suposto assaltante pelas fotos divulgadas.
(ROGÉRIO PAGNAN E GILMAR PENTEADO)
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