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VIOLÊNCIA
Desempregado foi morto pela polícia
Homem sobe
em telhado,
atira e fere 3
do NP e da Reportagem Local
O marceneiro desempregado
Joaquim Paulo Fagundes, 30,
morreu ontem em troca de tiros
com a polícia, depois de balear, de
cima de um telhado, três passageiros de um ônibus que passava.
O tiroteio aconteceu na rua General Chagas Santos, no Bosque da
Saúde (zona sul), às 7h30.
Segundo moradores da região,
que dizem nunca ter visto Fagundes, ele subiu no telhado por volta
das 5h.
As testemunhas contam que ele
falava ``coisas desconexas''. ``O
cara parecia estar alucinado. Devia
ter usado droga'', afirmou o motorista Devanir Pelarin, 39.
Duas horas depois, Fagundes começou a atirar a esmo. Uma das
balas atingiu a lateral de um ônibus da viação Bristol.
O disparo feriu três passageiros:
o açougueiro Conrado Almeida
Santana, 54, a aposentada Izaura
Bertim Freitas, 59, e o desempregado Jean Carlos Lopes, 23.
No momento do tiro, os passageiros estavam sentados. Foram
alvejados nas pernas e nos pés,
mas sem gravidade.
Grávida
²Outra bala disparada por Fagundes parou a poucos centímetros do rosto da dentista Ana Cristina Nunes, 31, grávida de três meses. O disparo se alojou na porta
do Corsa dela. Uma Elba estacionada também foi alvejada.
Cercado pela Polícia Militar,
chamada pela vizinhança, Fagundes começou a disparar novamente.
Os policiais revidaram e acertaram três tiros -um deles no pescoço de Fagundes, que morreu a
caminho do Hospital São Paulo.
Apesar de Fagundes já ter cometido um homicídio, em 1992, familiares e colegas de trabalho disseram estar surpresos.
``Era uma pessoa calma, muito
trabalhadora, que nunca usou
drogas e só matou um cara na vida, mas em legítima defesa. Só estava sumido nos últimos tempos
porque ficou desempregado'', disse sua irmã, a dona-de-casa Luzia
Fagundes, 34.
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