FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em São Paulo

Cerca de 150 presos estavam rebelados até a tarde de ontem na cadeia pública de Itanhaém (110 km ao sul de São Paulo), no litoral sul do Estado.
Eles estão concentrados no pátio da cadeia desde a manhã do último domingo, quando se recusaram a voltar às celas após o banho de sol.
O protesto é motivado pela superlotação. A capacidade da cadeia é de 32 detentos e, ontem, abrigava 213 -sete vezes mais.
Devido à falta de espaço, os detentos são obrigados a ficar de pé e fazer revezamento para sentar.
O diretor da cadeia, Osvany Zanetta Barbosa, 30, disse que a rebelião é pacífica. Não houve violência, nem casos de funcionários tomados como reféns.
``Eu não tenho condições de entrar no pátio para fazer uma revista. Ninguém garante que eles não estejam fazendo um túnel para fugir'', declarou.
O diretor disse que o juiz-corregedor da cidade, Luiz Carlos Muraro, tentava ontem obter vagas para os detentos em presídios e cadeias de outras cidades.

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