São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2000


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Para pesquisador, falta inovação

da Sucursal do Rio

Por mais que os carnavalescos tentem ser criativos, a fórmula dos desfiles de escolas de samba está estacionária há pelo menos dez anos, na opinião do pesquisador de Carnaval Hiram Araújo, integrante da comissão da Liga Independente das Escolas de Samba que sugeriu os 21 temas para este ano.
Prestes a lançar o livro "Carnaval, Seis Milênios de História", Araújo acredita que o último carnavalesco a inovar nos desfiles foi Fernando Pinto -morto em um acidente de carro no final dos anos 80-, que se notabilizou na Mocidade pelos enredos tropicalistas ("Como Era Verde o Meu Xingu", em 83, "Tupinicópolis", em 87) ou futuristas ("Ziriguidum 2001", em 85).
"O desfile de hoje é dominado pela estética da superficialidade: o espectador tem que apreender naquele momento", diz Araújo.
Entretanto ele não acredita que exista uma crise criativa nem que a fórmula atual esteja esgotada.
Entre os carnavalescos, a questão é controversa. "Há 20 anos ouço dizer que o Carnaval vai morrer. O problema é que, quando as coisas mudam rapidamente, não têm aceitação", diz Rosa Magalhães, da Imperatriz.
Para Mauro Quintaes, do Salgueiro, o apogeu dos desfiles foi na virada dos anos 70 para os 80.
Joãosinho Trinta, da Viradouro, discorda da suposta repetição dos desfiles. "Não concordo absolutamente. Não vejo nenhuma escola parecida com a outra", diz.


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