|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para pesquisador, falta inovação
da Sucursal do Rio
Por mais que os carnavalescos
tentem ser criativos, a fórmula
dos desfiles de escolas de samba
está estacionária há pelo menos
dez anos, na opinião do pesquisador de Carnaval Hiram Araújo,
integrante da comissão da Liga
Independente das Escolas de
Samba que sugeriu os 21 temas
para este ano.
Prestes a lançar o livro "Carnaval, Seis Milênios de História",
Araújo acredita que o último carnavalesco a inovar nos desfiles foi
Fernando Pinto -morto em um
acidente de carro no final dos
anos 80-, que se notabilizou na
Mocidade pelos enredos tropicalistas ("Como Era Verde o Meu
Xingu", em 83, "Tupinicópolis",
em 87) ou futuristas ("Ziriguidum 2001", em 85).
"O desfile de hoje é dominado
pela estética da superficialidade: o
espectador tem que apreender
naquele momento", diz Araújo.
Entretanto ele não acredita que
exista uma crise criativa nem que
a fórmula atual esteja esgotada.
Entre os carnavalescos, a questão é controversa. "Há 20 anos
ouço dizer que o Carnaval vai
morrer. O problema é que, quando as coisas mudam rapidamente, não têm aceitação", diz Rosa
Magalhães, da Imperatriz.
Para Mauro Quintaes, do Salgueiro, o apogeu dos desfiles foi
na virada dos anos 70 para os 80.
Joãosinho Trinta, da Viradouro,
discorda da suposta repetição dos
desfiles. "Não concordo absolutamente. Não vejo nenhuma escola
parecida com a outra", diz.
Texto Anterior: Escolas temem desfile repetitivo Próximo Texto: Preço alto "encalha" imóveis em Olinda Índice
|