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Atividade intelectual é indicada
especial para Folha
Como garantir uma boa memória depois dos 60 anos? Não existem remédios, vitaminas ou exercícios mentais com comprovação
científica que melhorem o desempenho da memória de um indivíduo saudável.
Por isso, o neurologista Paulo
Bertolucci recomenda não usar
drogas, não abusar do álcool, tratar doenças como diabetes e hipertensão arterial, ter bastante
atividade intelectual e evitar o estresse. "Ou seja, levar um estilo de
vida saudável."
"Grande parte das descobertas
na biologia da memória foi desenvolvida no Brasil e na Argentina",
afirma o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Ivan Izquierdo.
Izquierdo é o pesquisador brasileiro com mais citações em revistas científicas internacionais.
Seu trabalho consiste em pesquisar as moléculas envolvidas na
memória e as medicações que podem ser desenvolvidas a partir
desses estudos.
Para isso, Izquierdo obtém frações menores do que uma célula
(fragmentos da membrana celular, mitocôndrias da região da sinapse, entre outras), a partir do
cérebro de ratos. Ele também
aplica medicamentos diretamente no cérebro dos animais para
testar sua eficácia.
"A organização anatômica da
memória é muito semelhante em
todos os mamíferos, por isso os
resultados observados em ratos
podem ser extrapolados para o
homem", esclarece Izquierdo.
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