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Polícia Federal prendeu Cara Seca em Vitória da Conquista (BA); ele é acusado de ter atirado contra Celso Dabiel (PT)
Preso suspeito do assassinato de prefeito
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal prendeu na
tarde de anteontem, em Vitória
da Conquista, na Bahia, mais um
suspeito de ter participado do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT).
Andrelissom dos Santos Oliveira, 23, o Cara Seca, foi apontado
por um adolescente da favela Pantanal (zona sul de São Paulo)
-que teria participado do sequestro- como um dos autores
dos disparos contra o prefeito.
Cara Seca é um dos cinco integrantes do grupo que seria chefiado por Itamar Messias Silva dos
Santos. Todos estão com prisão
temporária decretada.
Além de Itamar e Cara Seca, estão com prisão decretada Juscelino da Costa Barros, o Cara de Gato, Mauro Sérgio Santos de Souza,
o Serginho, e Rodolfo Rodrigues
dos Santos Oliveira.
Todos seriam ladrões de carros
e suspeitos de envolvimento no
sequestro e morte de Celso Daniel, segundo a Polícia Civil.
Os cinco foram acusados por
duas pessoas da favela Pantanal,
que já estão presas: o adolescente
K., 17, e o aposentado Manoel
Dantas Santana Filho, o Cabeção.
Na favela, a polícia achou, no início do mês, um bar que teria sido
usado como cativeiro de Daniel.
K., segundo a polícia, estaria na
Blazer que perseguiu a Pajero onde estavam o prefeito e o empresário Sérgio Gomes da Silva. Cabeção conheceria os mandantes,
mas nega participação.
Cara Seca foi preso na casa de
sua sogra por dois delegados da
Polícia Federal e um investigador,
que no mesmo dia o levaram para
a carceragem da PF em Ilhéus
(BA). Ontem, foi transferido para
São Paulo, onde chegou às 22h.
Segundo os policiais, ele não tem
passagem pela polícia.
Para o advogado Luiz Eduardo
Greenhalgh, que acompanha as
investigações como representante
do PT, a prisão de Cara Seca "é o
começo do fim". "Há indícios
veementes de participação dele"
[Cara Seca, no assassinato".
Novos depoimentos
Após 32 dias, o inquérito do caso já conta com mais de 200 páginas. Sete retratos falados foram
feitos, três suspeitos foram detidos e 97 testemunhas ouvidas.
Ontem, três pessoas prestaram
depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção
à Pessoa). Duas não tiveram as
identidades reveladas.
A outra pessoa que depôs ontem foi Ronan Maria Pinto, sócio
de Sérgio Gomes da Silva, empresário que estava junto com Celso
Daniel no momento do sequestro.
Durante uma hora e meia, segundo Adriano Salle Vanni, advogado de Pinto, o empresário teria
sido questionado sobre os negócios que possui com Gomes da
Silva, sobre serviços prestados
por suas empresas à Prefeitura de
Santo André e se ele mantinha algum contato com Celso Daniel.
O advogado negou que Ronan
Maria Pinto tivesse qualquer relacionamento pessoal com o prefeito e disse que as declarações do
empresário em nada ajudaram a
esclarecer o inquérito sobre o assassinato. "Com relação à morte
de Daniel, não vejo como meu
cliente pode ajudar. Ele não sabe
de nada", afirmou.
Colaborou o "Agora"
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