DA SUCURSAL DO RIO

A grande dificuldade na hora de identificar casos de violência moral ou "bullying" é que a vítima costuma sofrer em silêncio, com medo de represália dos colegas caso conte o que está acontecendo para algum adulto.
Na Inglaterra, uma das soluções foi criar uma linha gratuita para que crianças denunciassem esses casos. No Brasil, a Abrapia está buscando patrocínio para implementar uma linha gratuita nos mesmos moldes e está fazendo uma pesquisa, em parceria com o Ibope, para identificar com que frequência acontece esse tipo de situação. Uma pesquisa feita em Portugal com 7.000 estudantes mostrou que aproximadamente um em cada cinco alunos (22%) entre seis e 16 anos já foi vítima de violência moral na escola. A pesquisa mostrou também que o local mais comum de ocorrência dos maus-tratos são os pátios de recreio (78% dos casos), seguidos dos corredores (31,5%).
Na Inglaterra, uma pesquisa da ONG Young Voice e publicada no livro "Bullying in Britain" mostrou que, apesar de existir uma lei que obriga as escolas a prevenir o "bullying", os estudantes não estão satisfeitos com os resultados.
"Apenas metade dos adolescentes que entrevistamos afirmou que havia política contra o "bullying" na escola. Apenas metade desses disse que o programa funcionava adequadamente. Isso deixa três quartos de nossas crianças desprotegidas", afirma Adrienne Katz, da Young Voice. (AG)


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