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Em SP, só 7 faculdades trocam ISS por bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
Lei da Prefeitura de São Paulo,
de outubro de 2003, concedendo
desconto parcial do ISS (Imposto
sobre Serviço) a universidades
mediante a disponibilização de
vagas para carentes, conta até
agora com a adesão de apenas sete faculdades -são cerca de 130
universidades na capital.
"Torcemos para que isso se estenda. É uma coisa muito tímida
ainda", diz Jean Carlo Mojollo, assessor da Coordenadoria de Educação da Subprefeitura de Pinheiros (zona oeste), onde há duas
instituições conveniadas: Singulares e a Faculdades Sumaré.
Também aderiram à proposta: a
Faculdade Morumbi Sul, o Centro de Educação Tecnológica, a
Faculdade Albert Einstein (todas
na zona sul), a Faculdade Brasília
de São Paulo (zona norte) e a Unicid (zona leste). Juntas, as sete disponibilizaram 390 vagas.
Segundo Mojollo, como a lei é
recente, a expectativa é que haja
uma maior adesão a partir do segundo semestre deste ano.
Para José Jorge da Costa Netto,
diretor acadêmico da faculdade
Morumbi Sul, a lei não é financeiramente interessante para as entidades. "Se esses alunos [que ganham bolsa] pagassem a mensalidade, a faculdade aferiria uma
verba maior do que o desconto
que temos do ISS", afirma.
A faculdade disponibilizou 14
vagas, mediante isenção de 60%
no imposto. Com isso, deixou de
receber cerca de R$ 6,7 mil por
mês em mensalidades. Embora
não diga quanto a faculdade paga
de imposto, Netto afirma que o
desconto não compensa.
"Porém, é uma questão de responsabilidade social permitir que
essas pessoas tenham acesso ao
ensino superior", afirma Netto.
A operadora de telemarketing
Thais Natalia Silva Rodrigues, 20,
foi uma das beneficiadas pela lei.
Ela irá estudar secretariado executivo bilíngüe na Faculdade Sumaré. Com um salário de R$ 340,
ela não tinha condições de pagar a
mensalidade de R$ 500.
O desconto é de 20% no ISS para administradores que ofertarem
1% das vagas no primeiro ano de
cada um dos cursos. O limite é de
60% de desconto, para quem oferecer 3% das vagas.
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