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AMBIENTE
Óleo cru atingiu rio Grande
Vazamento deixa praia de Guaecá imprópria
MAURÍCIO EIRÓS
DAS REGIONAIS, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A Cetesb (agência ambiental
paulista) considerou a praia de
Guaecá imprópria para banho
por causa do vazamento de óleo
cru que atingiu anteontem o rio
Grande, que desemboca no local,
em São Sebastião (litoral norte de
SP). Amostras de água coletadas
na praia anteontem apontaram a
presença de uma pequena quantidade de óleo e graxa.
Segundo a Defesa Civil do município, o trabalho de remoção
deve durar cerca de dez dias. A
Cetesb informou que foram retirados 835 mil litros de água misturada com óleo do rio Grande.
O técnico da Cetesb João Carlos
Molanelli disse que uma mancha
de óleo foi localizada em uma
gruta próxima à praia de Guaecá,
o que pode indicar que o produto
atingiu outros pontos da região.
No entanto, a Cetesb informou
que não há riscos de outras praias
da região serem atingidas pelo
óleo e que a interdição para banho tem caráter preventivo, uma
vez que, até as 16h de ontem, não
havia sinais de poluição no mar.
O rompimento de um oleoduto
que liga o Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), em São
Sebastião, à refinaria em Cubatão,
litoral sul, causou o vazamento.
Segundo João Carlos Leite, gerente do Tebar, uma falha na solda da tubulação é a principal hipótese para a causa do acidente,
mas uma possível falha na fabricação do duto é apurada. A Petrobras ainda não divulgou a quantidade de óleo que vazou, mas informou ter localizado ontem o
ponto exato do vazamento.
A Cetesb informou que prepara
laudo sobre o acidente e só depois
de concluí-lo poderá ser calculada
a multa a ser aplicada contra a Petrobras. Os danos ambientais ainda não foram calculados.
Não foi confirmada a mortandade de peixes no rio. Foram utilizados 16 caminhões-tanque para
retirar a água contaminada.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de São Sebastião, Emerson Alonso, até ontem cerca de
70% do produto havia sido retirado do rio. Grande parte do trabalho, segundo a Petrobras, será
concluída até amanhã de manhã.
As equipes que trabalham na
contenção e na retirada do produto montaram sete barreiras ao
longo do rio Grande para impedir
que o óleo chegasse ao mar. As
barreiras servem também para
evitar que o óleo atinja outros mananciais. Um dique foi construído para evitar que, caso chova
forte, o volume de água cresça e
faça o óleo ultrapassar as bóias.
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