São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pugilistas têm de se adaptar para conseguir luta

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Filha do legendário Muhammad Ali, é para Laila Ali, 27, que convergem os olhares das principais pugilistas do planeta. E esse é justamente o maior drama do pugilismo feminino: há poucos ""nomes" dignos de atenção. A maioria das atletas é composta por aventureiras. Que combine qualidade técnica e carisma, só há uma: Laila, invicta em 20 lutas profissionais, campeã dos supermédios (até 76,2 kg) da IBA (Associação Internacional de Boxe). Ao seu redor, orbitam/orbitavam, ávidas pela chance de enfrentá-la, as coadjuvantes Jacky Lide-Frazier, filha do arqui-rival de seu pai, Joe Frazier; a pioneira Christy Martin, que ressuscitou o boxe feminino em 96; a ex-capa da ""Playboy" Mia St. John e Lucia Rijker, que interpreta a campeã de ""Menina de Ouro".
Pior, como as pugilistas de qualidades são raras e estão dispersas em várias categorias, uma sempre tem de aumentar muito de peso para permitir que as ""superlutas" se materializem. Assim, sem ""parceiras de dança", até Laila tem de se conformar em ter suas lutas transmitidas pela modesta ESPN ou fazer preliminares para combates de Mike Tyson.
Rijker que deseja aproveitar a exposição obtida, quer pegar Laila, mas pesa só 63,5 kg. Por falta de opções, lutou apenas uma vez em 2004.

Texto Anterior: "Menina de ouro": Brasileiras enfrentam preconceito pelo boxe
Próximo Texto: Barulho: São Paulo já tem lei do silêncio mais rigorosa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.