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Pugilistas têm de se adaptar para conseguir luta
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Filha do legendário Muhammad Ali, é para Laila Ali,
27, que convergem os olhares das principais pugilistas
do planeta. E esse é justamente o maior drama do pugilismo feminino: há poucos
""nomes" dignos de atenção.
A maioria das atletas é composta por aventureiras. Que
combine qualidade técnica e
carisma, só há uma: Laila, invicta em 20 lutas profissionais, campeã dos supermédios (até 76,2 kg) da IBA
(Associação Internacional
de Boxe). Ao seu redor, orbitam/orbitavam, ávidas pela
chance de enfrentá-la, as
coadjuvantes Jacky Lide-Frazier, filha do arqui-rival
de seu pai, Joe Frazier; a pioneira Christy Martin, que
ressuscitou o boxe feminino
em 96; a ex-capa da ""Playboy" Mia St. John e Lucia
Rijker, que interpreta a campeã de ""Menina de Ouro".
Pior, como as pugilistas de
qualidades são raras e estão
dispersas em várias categorias, uma sempre tem de aumentar muito de peso para
permitir que as ""superlutas"
se materializem. Assim, sem
""parceiras de dança", até
Laila tem de se conformar
em ter suas lutas transmitidas pela modesta ESPN ou
fazer preliminares para
combates de Mike Tyson.
Rijker que deseja aproveitar a exposição obtida, quer
pegar Laila, mas pesa só 63,5
kg. Por falta de opções, lutou
apenas uma vez em 2004.
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