São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2005

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Risco de síndrome de Down também cai

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma pesquisa da Unicamp demonstrou que o ácido fólico também pode reduzir o risco de bebês nascerem com síndrome de Down. O estudo avaliou o comportamento da enzima metilenotetrahidrofolato redutase, responsável pela metabolização do ácido fólico no organismo humano.
As mutações no gene da enzima resultam em menor atividade funcional e reduzem a quantidade de ácido fólico disponível para a duplicação celular.
A pesquisa foi idealizada pelo Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas e realizada em conjunto com o Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher).
O estudo envolveu um grupo de 88 mães que tiveram seus filhos normais e sem histórico de abortos e outro composto de 70 mulheres em que os bebês nasceram com a síndrome.
O grupo das mães de portadores da anomalia possui proporção maior de mulheres com mutações enzimáticas, se comparado às mulheres com filhos normais. Houve a constatação de que as portadoras das mutações têm nove vezes mais chances de ter filhos com a síndrome por produzirem menor quantidade de folato.
O déficit da vitamina interfere na produção do DNA, que, ao ser duplicado no processo de divisão celular, não é distribuído de modo igualitário entre as diversas células filhas.
Dessa forma, a separação dos cromossomos nas primeiras divisões celulares do embrião ocorre de forma inadequada, levando uma célula a permanecer com um cromossomo 21 extra e outra célula com menos um desse par cromossômico. O embrião que fica com o cromossomo excedente resultará numa criança com síndrome de Down.
A trissomia do cromossomo 21, um distúrbio que ocorre em 1 a cada 800 nascimentos, é provocado por um cromossomo extra no par número 21. A incidência da síndrome de Down em mulheres aumenta com a idade.
Aos 35 anos, 1 em cada 250 mulheres tem chance de gerar bebês com a trissomia do cromossomo 21. Acima dos 40 anos a proporção aumenta para 1 entre 50 mulheres e, aos 45, as chances são de 1 em cada 25. (CC)

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