São Paulo, sábado, 20 de fevereiro de 2010

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LUCIANO DE SOUZA MARQUES (1922-2010)

As obrigações com a medicina e a casinha para a filha

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na maior parte do tempo, Luciano de Souza Marques estava dentro de hospitais.
Quando conseguia ficar em casa, dedicava-se à família ou à marcenaria, seu hobby.
Adorava trabalhos manuais, fazia consertos gerais aqui e ali e, certa vez, construiu uma casinha de boneca para a filha Heloísa, hoje educadora e dona de escola.
Havia, porém, a obrigação profissional, que às vezes lhe causava discordâncias com a mulher, Alice, que o queria em casa. Luciano, filho de imigrantes portugueses, era médico anestesista pela USP.
A profissão foi sua grande paixão, como conta a filha.
Trabalhou para médicos particulares, num hospital em Campos do Jordão (SP) voltado ao tratamento da tuberculose e, principalmente, para os hospitais das Clínicas e do Servidor Público, em SP.
Junto com a mulher -Alice foi uma das primeiras mulheres formadas em direito pela USP, mas não exerceu a profissão-, ele também se dedicou ao trabalho beneficente numa associação.
Gostava de cantar para os netos -sempre entoava o hit "Trem das Onze", de Adoniran Barbosa- e viajar com a mulher para a praia ou para o sítio que tinham no Paraná.
Há uns 15 anos, teve um problema de saúde que lhe roubou a visão, e foi forçado a se afastar do trabalho.
A mulher morreu há três anos; Luciano, na sexta, aos 87, devido a uma pneumonia.
Deixa filha e dois netos. A missa de sétimo dia será hoje, às 12h, na igreja N. Sra. do Perpétuo Socorro, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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