São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2011

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LAÉRCIO DE ARRUDA FERREIRA (1932-2011)

Pelica, um dirigente esportivo

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Com 1,95 m de altura e pé de nº 47, Laércio de Arruda Ferreira tinha dificuldade de encontrar em Araraquara (SP) um sapato que lhe servisse bem. Por isso, começou a encomendar seus calçados.
Os botinões feitos especialmente para ele, em couro de pelica, deram origem ao apelido que Laércio carregou até o fim da vida: Pelica.
Aproveitando que era alto, ele foi jogar basquete. Fez isso durante muito tempo em São Carlos (SP), onde se formou em educação física.
Depois, deu aulas na faculdade em que estudou e também em outra, no município de Barra Bonita (SP).
Em Araraquara, foi delegado regional da Secretaria Estadual de Esporte e preparador físico da Ferroviária, clube pelo qual jogou basquete.
Ajudou também a organizar o campeonato sul-americano juvenil de basquete na cidade, em meados da década de 70, dirigiu a área de esportes do Sesi e presidiu a liga de futebol de Araraquara.
Em Pirassununga (SP), lecionou na base aérea. Gostava de apitar jogos de basquete e de futebol, o que fez até quando a saúde permitiu.
Aos 40 e poucos, começou a sofrer de diabetes. Aposentou-se há cerca de 15 anos.
Professor rigoroso, gostava de tudo certinho em casa, como num regime militar, lembra o filho Ulisses, engenheiro que jogou basquete até em clubes estrangeiros.
Outra filha é professora de educação física e de dança.
Pelica tinha o sonho de ser vereador. Candidatou-se algumas vezes, mas sem sucesso. Na terça-feira, morreu aos 78 anos, em Araraquara, de complicações de saúde. Teve quatro filhos e três netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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