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VIOLÊNCIA
Ação visa diminuir índices de violência no final de semana, tirando armas de circulação; alvos são locais cheios
PM faz arrastão noturno na periferia
da Reportagem Local
A Polícia Militar iniciou ontem
uma megaoperação noturna para
conter o avanço dos índices de criminalidade nas regiões periféricas
de São Paulo no final de semana.
A ação, ordenada pelo secretário
da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, consiste em concentrar o efetivo das forças táticas
nas regiões mais afastadas da cidade, visando apreender armas e
drogas em locais de grande aglomeração de pessoas. Na região
central será mantido apenas o policiamento territorial básico.
Os principais focos dos PMs são
os bailes e bares das zonas sul e leste, que tradicionalmente lideram
os índices de homicídios registrados nos finais de semana.
"Faremos revistas para retirar
armas de circulação e fiscalizaremos locais suspeitos", disse o tenente-coronel Leopoldo Augusto
Corrêa Filho, chefe da 5ª Seção do
Estado-Maior da PM. "Nos bares,
ficaremos atentos à presença de
adolescentes e de pessoas alcoolizadas. Os índices mostram que
41% dos homicídios são movidos
pelo alcoolismo."
O efetivo que integrará a operação foi mantido em sigilo, mas a
Folha apurou que devem participar das blitze policiais do Corpo de
Bombeiros, da Polícia Florestal, do
Canil, da Cavalaria, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar),
da Rocam (Rondas Ostensivas
com Apoio de Motocicletas), do
CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito), da Polícia Rodoviária e do CPChoque (Comando de Policiamento de Choque),
além dos homens administrativos
das regiões afetadas.
Alguns policiais que estavam de
folga foram convocados a cumprir
expediente, e oficiais que estavam
em cursos externos (preparatórios
para promoção, por exemplo) foram obrigados a se reapresentar
ontem para a ação.
As blitze começaram às 21h de
ontem e deveriam terminar às 3h
de hoje. Elas se repetem hoje e
amanhã, no mesmo horário.
Recorde
O recorde de homicídios da cidade de São Paulo foi registrado no
final de semana anterior ao Carnaval, quando 80 pessoas foram assassinadas entre as 20h de sexta-feira e as 8h de segunda.
A marca é a maior registrada desde que a secretaria começou a
mensurar os assassinatos nos fins-de-semana, em fevereiro de 1996.
O recorde deste ano havia sido
registrado no último final de semana de janeiro, quando 60 pessoas
foram assassinadas na cidade.
Até então, o recorde histórico era
de 69 homicídios, registrados entre 18 e 21 de dezembro.
A área da Delegacia Seccional de
Santo Amaro (zona sul) foi a mais
violenta, com 23 assassinatos, seguida por São Mateus (zona leste),
que teve 14 homicídios.
(SÍLVIA CORRÊA)
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